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Viagem Medieval da Feira teve afluência mais equilibrada

A 20.ª edição da Viagem Medieval da Feira terminou esta madrugada, depois de registar ao longo de 12 dias maior equilíbrio na afluência de 600 mil visitantes e também o nascimento de 67 "infantes" no hospital local.

Viagem Medieval da Feira teve afluência mais equilibrada
Notícias ao Minuto

12:05 - 08/08/16 por Lusa

Cultura Balanço

Para isso contribuiu, por um lado, a política de preços implementada este ano, com diferentes valores de acesso ao recinto consoante os dias da semana, e, por outro, a parceria instituída entre a organização do evento e o Hospital S. Sebastião, para garantia de que todas as crianças aí nascidas no período de 27 de julho a 7 de agosto recebessem o título de "Infante da Terra de Santa Maria" e um salvo-conduto para acesso gratuito vitalício ao recinto.

"No ano passado nasceram no hospital 52 bebés durante a Viagem e este ano foram 67", declarou à Lusa o diretor geral do evento, Paulo Sérgio Pais, em referência a 34 meninas e 33 meninos. "Isto demonstra que, nesta Viagem comemorativa das nossas 20 edições, até mais bebés tivemos a nascer, porque a natalidade na Feira cresceu", realça.

Instituída pela primeira vez este ano, essa distinção visa assim "deixar um legado" aos recém-nascidos locais, para "assegurar a sua ligação ao evento e prologar por novas gerações o sentimento de orgulho e pertença da comunidade feirense".

Quanto à circulação de pessoas nos 33 hectares da recriação histórica, Paulo Sérgio Pais mostra-se satisfeito com o efeito do escalonamento de preços, que se situaram entre os 1,5 euros, nos dias da semana anteriormente menos procurados e os 3,5 e 4 euros ao domingo e sábado, antes mais concorridos.

"Recebemos cerca de 600.000 visitantes e foi cumprido o nosso objetivo para este ano, que era distribui-los de forma mais uniforme por todos os dias do evento para as pessoas terem mais conforto na circulação, melhores condições de usufruto dos conteúdos e também mais segurança no recinto", explica.

Disso resultou que a afluência se ficou sempre acima dos 45.000 visitantes por dia, "sem nunca ultrapassar os 80.000". Outra vantagem foi que "muitas dessas pessoas acabaram por comprar bilhete a preço mais barato do que o ano passado, porque houve quatro dias com acesso a 1,5 euros - que era precisamente o valor da entrada na primeira Viagem Medieval de sempre, em 1995, quando se pagava 300 escudos [na moeda antiga] para entrar só no castelo".

A receita do evento, por sua vez, confirmou-o novamente como "100% autossustentável". O investimento na edição de 2016 foi de 1,3 milhões de euros e a receita de bilheteira foi na ordem dos 870.000, a que acrescem ainda 100.000 das entradas em diversas áreas temáticas internas, 300.000 relativos ao aluguer de espaços comerciais para restauração e mercadores, e pelo menos 30.000 euros em merchandising e patrocínios.

"A Viagem não tem necessariamente que dar lucro, porque fazemos sempre investimentos muito grandes na qualidade", nota Paulo Sérgio Pais. "Este ano, por exemplo, tivemos mais espetáculos de grande formato - cinco por dia - e nenhum custa menos do que 50.000 euros. Mas, além disso, ainda reforçámos a segurança no recinto, com mais presença policial paga e mais bombeiros", acrescenta.

A próxima edição da Viagem Medieval ainda não tem data marcada, mas será dedicada ao reinado de D. Afonso IV, conhecido como "O Bravo", pelos diferentes conflitos armados que marcaram o seu reinado.

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