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"Seria um erro não preparar o país para o fim da união monetária"

Em entrevista ao SOL, a líder do Bloco de Esquerda Catarina Martins comenta uma possível saída do euro.

"Seria um erro não preparar o país para o fim da união monetária"
Notícias ao Minuto

11:30 - 04/09/15 por Notícias Ao Minuto

Política Catarina Martins

"O Bloco nunca trocará o seu compromisso com os eleitores por nenhum lugar no Governo. O Bloco nunca faltaria a uma solução de esquerda no Governo do país", começa por garantir a líder bloquista, Catarina Martins.

Numa altura em que as eleições legislativas se aproximam, a bloquista admite ser necessário "um Governo que seja uma alternativa à austeridade e para isso é preciso encarar os problemas de fundo que Portugal tem, para a sua viabilidade futura".

"Os dois grandes trabalhos de esquerda são travar a sangria de recursos para fora do país – pela via da dívida e da emigração – e reequilibrar o jogo para que quem viva do trabalho possa viver condignamente", assegura.

No entanto, coloca a hipótese de uma saída da zona euro por considerar que o euro "estrangula a economia portuguesa". "Seria um erro um Governo não preparar o país para a possibilidade do fim da união monetária. E será trágico que essa saída se desse com um Governo de direita", frisa.

"Se for um governo de direita, implicará uma austeridade multiplicada", explica.

Contudo, "sair do euro, por si, não é solução para nada, porque continuar a ter austeridade e uma dívida pública que leva os recursos todos do país é o pior de todos os mundos".

"Agora, é certo que, para preparar uma rutura com a austeridade, é preciso ter o país preparado para o rompimento com a união monetária. Se a austeridade é a moeda única, a moeda única não serve", indica.

Catarina Martins comentou ainda a crise dos refugiados depois de Portugal ter admitido a entrada de mais de 1.500 migrantes. "A posição do Governo em matéria de refugiados é vergonhosa. Portugal não poupa dinheiro nenhum por não receber refugiados e devia estar a dizer à Europa que a quota global de 40 mil refugiados é ridícula. Devíamos era recebê-los todos e distribuí-los bem e Portugal devia estar a lutar por isso", remata.

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