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Pires de Lima, o ministro 'sem filtro' que "sai ao pai"

As declarações do ministro da Economia, que nem sempre vão ao encontro do defendido pelo primeiro-ministro, deixam transparecer falta de acordo entre os dois em assuntos delicados como os impostos ou a privatização da PT. Contudo, escreve o semanário SOL, para o PSD é uma forma de os centristas marcarem posição, para o CDS é resultado do estilo muito próprio do governante.

Pires de Lima, o ministro 'sem filtro' que "sai ao pai"
Notícias ao Minuto

08:58 - 30/01/15 por Notícias Ao Minuto

Política Coligação

Tanto Pedro Passos Coelho como Maria Luís Albuquerque continuam muito tímidos relativamente a uma descida dos impostos, mesmo depois de terem sido conhecidos os dados da execução orçamental do ano passado que revelam que o défice ficará abaixo do esperado.

No entanto, Pires de Lima já veio dizer que Portugal “já pode reduzir impostos”, indo ao desencontro das posições defendidas pelo primeiro-ministro e pela ministra das Finanças.

Mas não é só sobre os impostos que sociais-democratas e centristas divergem, escreve o SOL.

Sobre a PT, o ministro da Economia frisou que “o Estado não pretende interferir, a não ser em risco de desmembramento”. Contudo, Passos Coelho já tinha sido bem claro ao garantir que estava fora dos planos do Governo interferir no processo.

Perante esta divergência de opiniões, o semanário SOL quis saber como é que estas diferenças são vistas dentro dos dois partidos.

Assim, fonte social-democrata explicou que “numa coligação é natural que se faça esse número”.

“Faz parte”, afiançou.

Sobre os elogios do ministro a António Guterres, um vice-presidente do PSD referiu que “às vezes, como fala muito, as coisas não lhe saem bem”.

Por outro lado, fontes centristas garantem que Pires de Lima “sempre teve o seu pensamento próprio”.

“Ele sempre revelou um estilo muito assertivo, para o bem e para o mal. Sai ao pai”, apontou o mesmo centrista.

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