Acidente de comboio da Galiza era impensável em Portugal
O acidente que fez dezenas de mortos em Santiago de Compostela, Espanha, seria impossível em Portugal, adiantou o Sindicato dos Maquinistas ao jornal i, que explicou que o desempenho dos profissionais é alvo de "controlo permanente". Contudo, e de acordo com o mesmo jornal, os maquinistas já não são submetidos a testes psicológicos desde, pelo menos, 2007.
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País Sindicatos
Há uma semana, o descarrilamento de um comboio em Santiago de Compostela vitimou dezenas de pessoas e fez mais de uma centena de feridos. Mas o Sindicato dos Maquinistas diz que seria impossível um acidente daqueles acontecer em Portugal.
“O desempenho dos maquinistas é objecto de controlo permanente e complementado com equipamentos técnicos e de segurança existentes na rede ferroviária nacional”, que não permitem um acidente ferroviário como o da Galiza, explicou o sindicato ao jornal i.
Recorde-se que o descarrilamento em Santiago de Compostela provocou a morte a 78 pessoas e o maquinista já foi constituído arguido, sendo o excesso de velocidade a causa da tragédia. Francisco José Garzón Amo ultrapassava em muito o limite de velocidade imposto para o local onde ocorreu o acidente que foi o maior dos últimos 40 anos em Espanha.
Contudo, e apesar de o Sindicato dos Maquinistas garantir que um acidente com os contornos daquele que se verificou em Santiago de Compostela não aconteceria em Portugal, o jornal i revela hoje que há pelo menos seis anos que os maquinistas da CP não fazem exames psicológicos periódicos como determina a legislação comunitária.
A CP afirmou ao periódico não ser "verdade que não efectue exames periódicos aos seus trabalhadores", confirmando, contudo, que os exames psicológicos só estão disponíveis quando "se revele necessário e são efectuados, quer [por indicação do médico do trabalho], quer a pedido dos trabalhadores".
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