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Financiamento estrangeiro importante para carreira de cientistas portugueses

A candidatura de cientistas a financiamento estrangeiro é importante, mesmo para aqueles que pretendem continuar ligados a Portugal, adverte a Associação de Investigadores e Estudantes Portugueses no Reino Unido (PARSUK).

Financiamento estrangeiro importante para carreira de cientistas portugueses
Notícias ao Minuto

19:30 - 05/04/13 por Lusa

País Conferência

Esta foi uma das lições que o presidente do organismo, David Tomaz, quis que fossem retiradas da conferência ‘Portugal e a Royal Society: Passado, Presente e Futuro’, realizada esta sexta-feira em Londres.

No painel de oradores estiveram quatro portugueses que foram ou são financiados pela mais antiga academia científica do mundo.

A astrobióloga Zita Martins, o bioquímico Gonçalo Bernardes, a neurocientista Paula Alexandre e o astrónomo Pedro Lacerda falaram de como as bolsas da Royal Society deram um impulso às suas carreiras.

Além de garantirem salário até oito anos, as bolsas abrem portas em termos de projectos científicos, estatuto nas instituições onde trabalham e acesso a uma posição permanente.

"Com este evento quisemos dar uma melhor ideia de como obter estas bolsas e apresentar estas pessoas a futuros candidatos", vincou David Tomaz, actualmente a realizar um pós-doutoramento em imunologia, no Imperial College de Londres.

O presidente da PARSUK, entidade com cinco anos, que reúne mais de 500 estudantes e investigadores portugueses no Reino Unido, recorda que um regresso a Portugal pode depender de se possuir dinheiro de fontes alternativas.

"A própria FCT [Fundação para a Ciência e Tecnologia] está a incentivar a candidatura a financiamento internacional, porque está interessada em atrair os melhores cientistas", disse David Tomaz à agência Lusa, à margem do encontro.

Intervieram ainda, na conferência, o vice-presidente da Royal Society, Martyn Poliakoff, e o físico Carlos Fiolhais, professor catedrático da Universidade de Coimbra, autor de um livro sobre os 25 membros portugueses da Royal Society, cientistas e diplomatas, entre 1668 e 1819.

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, cancelou a presença prevista no encontro, que a organização esperava que ajudasse a aproximar Portugal da academia fundada no início dos anos 1660.

Desde o século XIX que não é eleito nenhum português para a Royal Society, composta por cerca de 1.450 membros e que reúne alguns dos mais reconhecidos cientistas mundiais.

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