PCP de Bragança faz balanço negativo de arranque do ano letivo
A Direção Regional de Bragança (DORBA) do PCP fez hoje um balanço negativo do arranque do ano letivo na região, apontando que que classifica de "caos para as escolas, professores, estudantes, famílias e profissionais".
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País Direção
Num comunicado com o título "ano letivo começa normalmente mal", os comunistas denunciam que o novo ano escolar "fica marcado pela falta de professores nas escolas e agrupamentos do distrito, por novos encerramentos de escolas do primeiro ciclo e o anúncio de mais para o próximo ano, como por exemplo em Bragança e em Palaçoulo".
O PCP de Bragança aponta ainda "a falta de condições materiais em várias escolas, com particular destaque para a Secundária de Mirandela, a falta de meios para garantir os transportes escolares e a falta de funcionários e técnicos nas escolas, nomeadamente na Emídio Garcia (Bragança)".
Os comunistas entendem que tudo isto põe "em causa o normal funcionamento dos serviços escolares" e atribui estas alegadas perturbações à tentativa dos sucessivos governos de transformarem a escola pública num negócio.
A DORBA do PCP aponta ainda o caso da Educação Especial "mais uma vez menosprezada pelo Ministério da Educação" por "em grande parte dos agrupamentos, as crianças continuarem à espera da colocação dos técnicos e professores de ensino especial, não tendo assim acesso ao ensino inclusivo".
No Ensino Superior, e no caso do Instituto Politécnico de Bragança, "assiste-se uma vez mais à escassa colocação em cursos determinantes para o desenvolvimento das potencialidades regionais, levando ao seu encerramento a prazo por não atingirem o número de alunos exigidos pelo Ministério para o seu funcionamento".
"Os novos cortes anunciados para 2015 acarretarão ainda mais estrangulamentos ao normal funcionamento dos estabelecimentos de ensino, nomeadamente nos serviços de apoio como a segurança, a limpeza e o aquecimento, indispensáveis ao digno funcionamento do sistema de ensino no distrito", acrescenta o comunicado.
Os comunistas criticam ainda a "a municipalização das escolas e sua consequente privatização", argumentando que a transferência de competências para as autarquias locais "acentuará as já de si graves assimetrias regionais e locais e conduzirá imperativamente à privatização do ensino, falseando o carácter universal do sistema de ensino constitucionalmente consagrado e desresponsabilizando o Estado do papel que a Constituição lhe confere".
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