Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 12º MÁX 17º

Hospital investigado por oito mortes graças à ausência de VMER

Um homem de 64 anos morreu, na terça-feira no Hospital de Évora, vítima de uma paragem cardiorrespiratória, não tendo sido devidamente assistido pela Viatura Médica de Emergência e Reabilitação por esta se encontrar parada devido à falta de recursos humanos. Segundo notícia avançada esta quinta-feira pelo Diário de Notícias, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e a Administração Regional de Saúde do Alentejo já abriu processos de investigação para apurar os contornos de mais um caso.

Hospital investigado por oito mortes graças à ausência de VMER
Notícias ao Minuto

08:44 - 04/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Évora

Silva Carvalho tinha 64 anos e era dirigente distrital do PSD. Na terça-feira sofreu uma paragem cardiorrespiratória e foi assistido pelos bombeiros locais.

“Ao chegarmos, verificámos numa paragem cardiorrespiratória e pedimos apoio diferenciado, mas o Centro de Orientação de Doentes Urgentes informou-nos que iniciássemos manobras e que transportássemos a vítima para o hospital”, contou ao Diário de Notícias o adjunto do comando dos Bombeiros Voluntários de Évora, João Caraça.

Pouco tempo depois de ter chegado ao hospital, pelas 11h00, foi decretado o óbito de Silva Carvalho.

A vítima não foi assistida por uma VMER por falta de recursos humanos, uma informação que já foi confirmada pela administração do Hospital de Évora que, ao Diário de Notícias, explicou que “o INEM foi informado para que pudesse ativar os outros meios disponíveis na área”.

A mesma publicação contatou ainda fontes do Ministério da Saúde e da Administração Regional de Saúde do Alentejo. As primeiras revelaram que “vai ser aberto pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde procedimento administrativo para apurar as circunstâncias. Em função da primeira avaliação, e se se justificar, serão encetados outros passos tendo em vista o apuramento de responsabilidades”.

Já fonte da ARS do Alentejo confirmou já ter “aberto um processo de averiguação para apurar as responsabilidades no hospital. Não era suposto haver uma falha destas numa altura em que a VMER já está integrada no hospital”.

Recorde-se que este não é o primeiro caso de falta de recursos humanos que impede a VMER de assistir vítimas que acabam por perder a vida.

No dia de Natal quatro pessoas perderam a vida na sequência de uma colisão entre um automóvel e um cavalo. Devido à falta de pessoal, a VMER de Évora estava inoperacional. Poucos dias depois, na noite de passagem do ano, a viatura estava novamente inoperacional pelas mesmas razões e um homem acabou por morrer devido aos graves ferimentos causados por um acidente automóvel.

Já este ano, em abril, duas pessoas morreram na sequência de um acidente entre Reguengos de Monsaraz e Telheiro, em Évora. Mais uma vez não havia pessoas para tripular a VMER. Uma situação que se repetiu em maio, mas desta feita nas Caldas da Rainha. Mais uma vez, a ausência de um médico para tripular a VMER culminou com a morte de um homem de 39 que estava com hemorragias e em paragem cardiorrespiratória.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório