Luta contra encerramento da escola de Paredes vai continuar
O presidente da Junta de Freguesia de Parada de Todeia, concelho de Paredes, criticou hoje o Governo por "insistir" em encerrar a única escola básica da freguesia, prometendo continuar a lutar contra a decisão.
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País Parada de Todeia
"A junta tudo vai fazer para que a luta não termine até ao início do ano escolar. Gostaria de vos dar uma boa notícia, mas parece que o Governo continua surdo e não olha para as crianças mas apenas para os custos", afirmou Agostinho Pinto depois de reunir com responsáveis da Direção Regional da Educação do Norte, a quem entregou uma resolução em defesa da manutenção da escola básica local.
Mais de uma centena de habitantes daquela freguesia deslocou-se hoje ao Porto para protestar, em frente à DREN, contra o encerramento do estabelecimento escolar, que conta com 70 alunos.
Segundo o autarca, "custos e cartas educativas" foram os argumentos apresentados pela DREN para justificar a decisão de fechar a escola.
"Não vou daqui totalmente convicto de que [a escola] não encerre (...). Temos que lutar para levar por diante a nossa escola", afirmou Agostinho Pinto à população de Parada, que esperou cerca de uma hora no local pelo final da reunião na DREN.
O autarca adiantou que vai agora solicitar uma reunião com caráter de urgência ao presidente da Câmara de Paredes, no sentido de tentar ainda travar o fecho da escola, admitindo a possibilidade de interpor uma providência cautelar.
"Ainda vamos a tempo", disse, acrescentando que a escola básica tem melhores condições do que o Centro Escolar de Cete, para onde deverão ser transferidos os alunos de Parada de Todeia.
A escola da freguesia tem salas para cada um dos quatro anos do primeiro ciclo, enquanto em Cete terá que haver turmas mistas, frisou o autarca.
Agostinho Pinto salientou ainda que a escola dispõe de um refeitório capaz de fornecer cem refeições em simultâneo, de um polidesportivo e de aquecimento central.
César Moreira, membro da Associação de Pais da escola da freguesia, lembrou que recentemente foram feitas obras na estrutura para melhorar as suas condições, não percebendo o porquê de a fechar este ano letivo que arrancará em meados de setembro.
"As condições da escola de Cete não são melhores do que as desta, antes pelo contrário", sublinhou o encarregado de educação.
Nesta luta contra o encerramento do estabelecimento de ensino, Parada de Todeia não quer "ser tratada como exceção, apenas quer ser tratada com dignidade", concluiu.
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