HRW denuncia repressão numa universidade da Tailândia por críticas
A Human Rights Watch (HRW) exigiu hoje que seja descartado o processo disciplinar que uma universidade pública da Tailândia iniciou contra um grupo de professores por terem criticado a junta militar que governa o país.
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Mundo HRW
O Instituto de Estudos sobre Direitos Humanos e Paz (IHPS) da Universidade Mahidol emitiu, no passado dia 25, um comunicado em que condena o uso do artigo 44.º da Constituição interina, imposta pelos militares na sequência do golpe de Estado de maio de 2014.
O artigo concede poder absoluto ao chefe da junta militar e primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha.
A universidade indicou, no dia seguinte, que o comunicado não faz parte da liberdade de expressão académica e anunciou a abertura de um inquérito contra o pessoal responsável pela sua emissão que acusa de prejudicar a reputação do estabelecimento de ensino.
"A Universidade Mahidol está a fazer o trabalho sujo à junta, reprimindo académicos que expressam as suas opiniões", disse o diretor da HRW para a Ásia, Brad Adams, em comunicado.
Inúmeras organizações, incluindo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, exigiram às autoridades da Tailândia a derrogação do artigo 44.º.
A junta militar tem impedido, desde o golpe de Estado, de uma forma regular, as manifestações públicas, bloqueando a apresentação de relatórios de diversas organizações de defesa dos direitos humanos e proibindo debates em universidades.
As autoridades redigiram uma nova Constituição que consolida o poder dos militares e burocratas, enfraquecendo os governos eleitos, e preveem realizar eleições em 2017 ou 2018.
"A Tailândia claramente não está na senda rumo à democracia quando a liberdade de expressão é censurada, as críticas castigadas e a atividade política proibida, incluindo dentro das universidades", observou Adams.
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