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Inaugurado aterro sanitário com capacidade para 1,2 milhões de toneladas de lixo

Cabo Verde inaugurou hoje um aterro sanitário com capacidade para tratar 1,2 milhões de toneladas de resíduos sólidos de todos os nove municípios da ilha de Santiago.

Inaugurado aterro sanitário com capacidade para 1,2 milhões de toneladas de lixo
Notícias ao Minuto

16:45 - 05/05/15 por Lusa

Mundo Cabo Verde

O Aterro Sanitário de Santiago (ASS), situado na zona de Monte dos Botes, no município de São Domingos, ocupa uma área de 20 hectares, tendo uma vida útil estimada em 18 anos.

Numa primeira fase, a infraestrutura, financiada pela União Europeia (UE) em 6,5 milhões de euros, foi impermeabilizada apenas numa área de 6 hectares, com capacidade para tratar 400.000 toneladas de resíduos sólidos.

A exploração do aterro será feita pela empresa Praia Ambiente, em regime de subconcessão.

Segundo dados oficiais, cerca de 66% dos mais de 520 mil habitantes de Cabo Verde vivem em centros urbanos e produzem mais de 220 toneladas diárias de resíduos sólidos, sendo metade desse montante, 110 toneladas, originado no concelho da Praia, que alberga mais de 50% da população total cabo-verdiana.

O aterro foi concluído em maio de 2012, mas foi recebido pelo Governo só em julho do ano passado, devido a dificuldades manifestadas pelo Executivo e pelos municípios da ilha de Santiago na mobilização de recursos para aquisição de equipamentos.

Durante a inauguração, o vice-presidente da Associação dos Municípios de Santiago, Vítor Baessa, salientou a importância do aterro para a criação de um sistema intermunicipal para a gestão dos resíduos sólidos da maior ilha cabo-verdiana.

Referindo que a cobrança da tarifa de resíduos sólidos será feita através do pagamento da taxa de eletricidade para captar recursos para dar sustentabilidade à exploração, o autarca perspetivou uma melhoria do ambiente e da saúde pública, uma vez que as lixeiras a céu aberto da ilha serão seladas ou encerradas.

O representante da União Europeia em Cabo Verde, José Manuel Pinto Teixeira, disse que mais de dois anos após a inauguração era muito importante pôr a infraestrutura a funcionar, e lembrou que ainda faltam resolver questões ligadas à aquisição de equipamentos e sistema de cobranças, "fundamentais" para a sustentabilidade do projeto.

Por sua vez, o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, destacou o aterro como fator para potenciar a intermunicipalidade, tal como já acontece com a empresa Águas de Santiago, mas também para a empresarialização, graças à subconcessão a uma empresa local.

"Há muitas coisas que se forem feitas conjuntamente e em parceria entre os municípios e entre estes e o Governo teremos ganhos maiores para o desenvolvimento do país. Esta experiência de os municípios criarem espaços comuns de atuação é extremamente positiva", enfatizou, sugerindo a criação de um Gabinete de Planeamento e Desenvolvimento da ilha de Santiago.

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