Serviços secretos dos EUA acreditam numa ofensiva pró-russa
A Rússia quer manter um corredor no leste da Ucrânia que pode vir a incluir Mariupol, mas os rebeldes separatistas querem esperar pela primavera para lançar o ataque, disse hoje o chefe dos serviços secretos norte-americano em Washington.
© Reuters
Mundo Ucrânia
As intenções do presidente russo Vladimir Putin não são o cerco a toda a Ucrânia mas sim a penetração no território de forma a estabelecer uma ligação à Península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, disse James Clapper no Senado dos Estados Unidos.
Perante a Comissão das Forças Armadas do Senado norte-americano, em Washington, Clapper afirmou que Moscovo pretende duas regiões no leste da Ucrânia que pode incluir o estabelecimento de um corredor para a Crimeira e "talvez" a cidade portuária de Mariupol.
"Nós não acreditamos que o ataque a Mariupol é iminente. Eu creio que eles vão esperar pela primavera para depois atacarem", afirmou.
Desde o cessar-fogo negociado pelos líderes europeus e que entrou em vigor no dia 15, os separatistas tomaram Debaltseve, ponto estratégico sobretudo para as ligações de caminho-de-ferro no leste da Ucrânia, e concentram forças no perímetro de Mariupol, a cidade portuária situada junto ao Mar de Azov.
Clapper acrescentou que, "do ponto de vista pessoal", apoia o envio de armas para Kiev para auxiliar o Exército ucraniano na luta contra os separatistas sublinhando que não se trata da posição oficial dos organismos de segurança dos Estados Unidos.
O presidente Barack Obama tem-se referido ao envio de armamento letal para a Ucrânia mas a decisão final ainda não foi anunciada.
Os parceiros europeus têm referido que a provável posição dos Estados Unidos, quanto ao envio de armamento letal, pode provocar uma escalada no conflito.
Na mesma audiência, o chefe dos serviços de informações militares, o tenente-general Vincent Stewart, não quis pronunciar-se sobre a questão do envio de armas para as forças governamentais ucranianas.
Mesmo assim, afirmou que o organismo para as informações de Defesa (Defence Intelligence Agency) concluiu que o envio de armamento letal não pode ser enviado a tempo de conter a progressão dos separatistas pró-russos e que "não vai alterar o equilíbrio militar das forças no terreno".
A Rússia, que nega apoiar os rebeldes separatistas, tem como principal prioridade evitar a adesão da Ucrânia na União Europeia e na NATO.
A administração norte-americana tem enviado material não letal para as forças ucranianas como rádios, equipamento médico, radares contra morteiros, e coletes anti bala.
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