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Norte-americano libertado pela Coreia do Norte chegou aos EUA

O norte-americano Jeffrey Fowle, libertado na terça-feira pelas autoridades da Coreia do Norte após cinco meses de prisão, chegou hoje de manhã aos Estados Unidos, divulgaram os canais de televisão norte-americanos.

Norte-americano libertado pela Coreia do Norte chegou aos EUA
Notícias ao Minuto

14:38 - 22/10/14 por Lusa

Mundo Jeffrey Fowle

O avião que transportou Fowle, de 56 anos, aterrou na base aérea de Wright-Patterson, no estado do Ohio, norte dos Estados Unidos.

O cidadão norte-americano, que entrou no território norte-coreano em abril passado, foi detido um mês depois por ter deixado uma bíblia num hotel, de acordo com a versão oficial dos acontecimentos.

As imagens transmitidas pelas televisões norte-americanas mostraram Jeffrey Fowle a sair do aparelho com dois grandes sacos na mão, abraçando depois os familiares que o esperavam na pista de aterragem.

Após o anúncio da libertação, o regime de Pyongyang pediu a Washington que o cidadão norte-americano fosse retirado do território norte-coreano. Jeffrey Fowle foi transportado para a ilha de Guam, um território norte-americano na Micronésia (Pacífico), antes de chegar ao destino final.

Jeffrey Fowle, que foi examinado por um médico após a saída da prisão, está aparentemente de boa saúde.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, assegurou hoje que não foi negociada qualquer troca com a Coreia do Norte para obter a libertação de Jeffrey Fowle, um dos três cidadãos norte-americanos detidos pelas autoridades de Pyongyang.

"Não, não houve troca", afirmou John Kerry, durante uma visita a Berlim.

O regime de Pyongyang qualificou a libertação de Jeffrey Fowle como um ato de boa vontade do líder norte-coreano Kim Jong-Un, após os apelos do Presidente norte-americano, Barack Obama.

Dois outros cidadãos norte-americanos continuam presos na Coreia do Norte: Kenneth Bae e Matthew Miller.

Kenneth Bae foi detido em novembro de 2012. Acusado de ser um ativista cristão evangelista que pretendia derrubar o governo norte-coreano, Bae foi condenado a uma pena de 15 anos num campo de trabalho.

Matthew Miller entrou na coreia do Norte em abril e foi condenado a uma pena de seis anos num campo de trabalho. Segundo as autoridades de Pyongyang, Miller cometeu "atos hostis" ao entrar no território norte-coreano "disfarçado como turista".

Washington defende que a manutenção destes prisioneiros tem fins políticos, acreditando que Pyongyang pretende obter concessões diplomáticas.

"Estamos preocupados com a situação dos cidadãos norte-americanos que permanecem na Coreia do Norte e esperamos sinceramente que a Coreia do Norte compreenda os benefícios de os libertar o mais rápido possível", acrescentou John Kerry, na capital alemã.

"Estamos em constante contacto com as respetivas famílias, estamos a trabalhar para sua libertação, falamos com os chineses e outros, e estamos focados neste assunto", disse ainda o chefe da diplomacia norte-americana, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo alemão Frank-Walter Steinmeier.

Isolado e alvo de sanções internacionais, o regime norte-coreano procura relançar as negociações a 'Seis' (as duas Coreias, Rússia, Japão, China e Estados Unidos) sobre a concessão de ajuda económica internacional em troca do cancelamento do seu programa nuclear.

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