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Dilma enfrenta o desagrado da população pela corrupção

A candidata do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais, a Presidente Dilma Rousseff, terá de enfrentar na corrida eleitoral o desagrado da população com a corrupção nos governos "petistas" e o fraco desempenho da economia brasileira.

Dilma enfrenta o desagrado da população pela corrupção
Notícias ao Minuto

10:03 - 20/09/14 por Lusa

Mundo Brasil

A insatisfação com os casos de corrupção e os resultados pouco convincentes da economia brasileira nos últimos anos, associados aos graves problemas na educação, saúde e segurança, levaram a classe média urbana a protestar nas ruas contra o Governo em 2013 e neste ano.

O aumento da inflação e os recentes dados que apontam para uma "recessão técnica" no país (termo usado quando o Produto Interno Bruto/PIB cai em dois trimestres consecutivos) aumentam o descontentamento da população e inibem os investidores nacionais e, sobretudo, internacionais.

De acordo com dados deste mês da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a economia brasileira deve crescer 0,3% em 2014, diante de projeções de 1,8% divulgadas em maio. Para o próximo ano, a organização estima agora expansão de 1,4%, contra 2,2% esperados anteriormente.

Todos estes fatores acabaram por desgastar muito a imagem da Presidente, entretanto, esta ainda mantém o apoio de camadas mais pobres da população beneficiadas pelos programas do Governo, como o Bolsa Família (transferência de rendimento para as famílias).

Dilma Vana Rousseff tem 66 anos, é de origem húngara e nasceu em Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais. É divorciada e tem uma filha, Paula Rousseff Araújo.

A candidata do PT a reeleição presidencial é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Começou a sua trajetória política na época da ditadura militar brasileira (1964-1985), integrando organizações armadas clandestinas, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), tendo sido presa e torturada.

Em 1979, com o então marido, Carlos Franklin Paixão de Araújo, ajuda a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

A Presidente trabalhou na assessoria estadual deste partido entre 1980 e 1985. Em 1986, o então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, escolhe Dilma Rousseff para ocupar o cargo de secretária da Fazenda (Finanças).

Dilma Rousseff, já diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, participa da campanha de Leonel Brizola ao Palácio do Planalto, em 1989. Na segunda volta, vai às ruas defender o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que perde as eleições para Fernando Collor de Mello.

Em 1993, com a eleição de Alceu Collares para o governo estadual gaúcho, Dilma Rousseff torna-se secretária de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul.

Em 1998, a aliança entre PDT e PT elege Olívio Dutra governador e Dilma Rousseff ocupa, mais uma vez, a secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, filiando-se no PT (partido de base socialista) somente em 2001.

Em 2002, Dilma é convidada a participar na equipa de transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) e Lula da Silva (2003-2010). Depois, com a posse de Lula da Silva, torna-se ministra de Minas e Energia.

Lula da Silva escolhe Dilma para ocupar a chefia da Casa Civil em 2005. A ministra assume a direção de programas estratégicos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa de habitação popular Minha Casa, Minha Vida.

Nas eleições de 2010, em segunda volta (contra José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira/PSDB), Dilma Rousseff é eleita a primeira mulher Presidente da República Federativa do Brasil, com quase 56 milhões de votos, com o apoio irrestrito de Lula da Silva, seu grande amigo e mentor.

A 05 de outubro, a Presidente brasileira terá Marina Silva como principal rival nas eleições presidenciais, já que a candidata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) permanece muito próxima de Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto, estando o candidato Aécio Neves (PSDB) em terceiro lugar.

A Presidente brasileira e Marina Silva poderão enfrentar-se, de acordo com as últimas sondagens, numa segunda volta eleitoral, que ocorrem a 26 de outubro, com possibilidades da candidata do PSB ganhar a Presidência brasileira.

Dilma Rousseff mantém o vice-presidente Michel Temer como o seu candidato nestas eleições, na coligação "A Força do Povo", na qual se destaca o apoio do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB, do qual Michel Temer é presidente), considerado um partido de "centro", entre outras formações partidárias.

Michel Miguel Elías Temer Lulia, de 73 anos, nasceu em Tieté, no Estado de São Paulo, no seio de uma família de emigrantes libaneses. Temer está casado pela segunda vez, com Marcela Temer, e é pai de cinco filhos.

Advogado formado pela Universidade de São Paulo (USP) e com uma especialização em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica (PUC), o vice-presidente foi professor universitário e autor de obras na área jurídica.

Michel Temer foi eleito várias vezes para a câmara de deputados federais, tendo sido por três vezes escolhido para a sua presidência.

Ocupou ainda os cargos de secretário da Segurança Pública de São Paulo e procurador-geral de Justiça.

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