Costa, não há tempo a perder. E os principais desafios são estes
PS vai assumir o Executivo com o ano a aproximar-se do fim e algumas dúvidas ‘em carteira’.
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Economia Finanças
António Costa acaba de ser indigitado primeiro-ministro e não terá tempo a perder. Entre desafios da banca, dúvidas sobre défice e a recente privatização da TAP, são muitos os dossiers pela frente.
Um dos temas ‘quentes’ é a TAP. A transportadora aérea nacional foi privatizada, naquele que foi um dos últimos atos do Executivo de Passos Coelho, justificando com o argumento de que era “urgente” para a empresa, que poderia estar em risco de não conseguir pagar salários.
O facto de a privatização ter sido feita num Governo que, já se percebia, estava a prazo, valeu algumas críticas mas o que é certo que o consórcio Gateway já injetou 150 milhões de euros na empresa, isto quando assumiu o controlo de 61%. Costa insiste que o Estado deve manter a maioria do capital. O Jornal de Negócios sugere que poderá haver renegociação – o consórcio Gateway ficaria com 49% mas também com a gestão.
No setor bancário, há três bancos em particular a reter. A menos urgente será a liderança da CGD. Com o mandato da atual administração a terminar este ano, um novo presidente será nomeado. Já no Novo Banco as preocupações são mais urgentes.
Como nota a Lusa, a venda do Novo Banco é outra herança com que Costa e o seu ministro das Finanças, Mário Centeno, vão ter de lidar. O líder do PS já havia defendido que era necessário evitar "alienações precipitadas". Mas é preciso fazer face às necessidades de recapitalização do banco (cerca de 1400 milhões de euros) até junho de 2016. A estratégia, essa, terá de ser articulada com o Banco de Portugal.
Ainda na banca, Centeno tem em mãos o desafio de acompanhar a investigação de Bruxelas às ajudas estatais ao Banif. No total, o banco recebeu 1,1 mil milhões de euros. Parte desse apoio foi em instrumentos de capital contingente, como realça o Jornal de Negócios, recordando que o Banif despertou a atenção de Bruxelas após ter falhado reembolso de 125 milhões de euros.
Finalmente, há um grande desafio no imediato: o Orçamento de Estado 2016. O PS tem de conseguir o equilíbrio necessário entre compromissos orçamentais assumidos por Portugal na Europa e as promessas eleitorais feitas. O Governo de Passos Coelho chegou a apontar para um défice de 2,7%. Bruxelas espera 3%.
Se os 3% foram conseguidos, Portugal deixará de estar entre os países em procedimento por défice excessivo. Mas se o défice derrapar o PS poderá ter novas ‘dores de cabeça’, sendo obrigado a procurar novas áreas onde poupar.
Portugal contará com a atenção de Bruxelas, cujo desejo é que se mantenha a diminuição de défice estrutural. Esta deveria diminuir a um ritmo de 0,5 pontos anuais. O programa do PS não assegura isto, mas Costa poderá ter alguma margem na Europa, como nota o Jornal de Negócios, já que são vários os países que se preparam para não cumprir esta meta.
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