"Temos de minimizar o risco de o dinheiro dos contribuintes"
O presidente executivo do grupo bancário Lloyds, António Horta-Osório, concordou hoje com o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vitor Constâncio, na necessidade de maior supervisão prudencial sobre as instituições financeiras para evitar mais resgates.
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Economia Horta Osório
"Concordo com o Vitor: temos absolutamente de minimizar o risco de o dinheiro dos contribuintes ser usado para salvar bancos. Os bancos devem poder cair tal como qualquer empresa do setor privado", afirmou Horta-Osório, durante a Banking Summit intitulada "Assegurar o Crescimento Futuro", organizada pelo Financial Times.
Porém, embora tenha admitido que os reguladores "estão na direção certa", considera que "o processo está a meio" e defendeu um sistema assente em quatro pilares para garantir a estabilidade do sistema financeiro: supervisão mais assertiva, requisitos de ativos de alta qualidade, requisitos de maior liquidez e mecanismos de resolução para os bancos.
"Se alguns pilares forem mais fortes, não haverá necessidade de reforçar os outros", disse Horta-Osório, reiterando o seu apoio à separação entre o negócio da banca de retalho do da banca de investimento.
O presidente do Lloyds Banking Group foi o segundo orador no evento, logo após Vitor Constâncio, falou das vantagens do Mecanismo Único de Supervisão (MUS), que entrou em funcionamento no início de novembro e que centrou no BCE a supervisão sobre os 120 principais bancos da zona euro.
"A supervisão exclusivamente ao nível nacional permitia que se amontoassem desequilíbrios excessivos na zona euro", referiu o vice-presidente do BCE.
O MUS pode evitar estas situações, nomeadamente o excesso de riscos com exposições a setores únicos e transfronteiras, garantiu Constâncio: "A supervisão prudência das instituições de crédito será implementada de uma forma coerente e eficiente".
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