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Efeitos de casos BES e PT "vão além das empresas envolvidas"

O presidente da Euronext Lisbon, Luís Laginha de Sousa, acredita que o mercado português ficou afetado pela crise no Banco Espírito Santo (BES) e na PT e, não apontando dedos a reguladores e gestores, não deixa de evidenciar que é necessário averiguar o comportamento éticos das pessoas à frente das empresas.

Efeitos de casos BES e PT "vão além das empresas envolvidas"
Notícias ao Minuto

09:34 - 17/09/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Laginha de Sousa

“É incontornável que algo que se passe no mercado português, com a dimensão que este caso teve, acabe por ter efeitos que vão além daquilo que é a empresa diretamente envolvida, e que acabe por ter efeitos para um universo mais alargado”, afirmou Luís Laginha de Sousa, em entrevista ao Jornal de Negócios, relativamente ao caso da queda do Banco Espírito Santo (BES).

O presidente da Bolsa de Lisboa escusa-se a comentar a atuação de gestores, reguladores ou auditores mas não deixa de “reconhecer que tudo isto foi profundamente negativo para o mercado”.

Para Laginha de Sousa não restam dúvidas de que a imagem do mercado português ficou afetada pelas polémicas causadas pelo BES e, consequentemente, pela PT e que a solução não passa necessariamente por criar mais regras ou automatismos.

“Uma parte importante da solução passa por haver uma maior capacidade de perceber se aqueles que estão à frente das empresas, se aqueles que têm capacidade de decisão efetiva nas empresas, nas instituições financeiras têm, de facto, uma atuação compatível com aquilo que deve ser exigido do ponto de vista do comportamento ético, de salvaguarda de interesse de todos os stakeholders”, rematou o responsável.

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