A carta que o Governo tem na manga se regresso a mercados falhar
O relatório da oitava e nona avaliações ao programa de ajustamento português revela que a crise política vivida em Julho adiou o pré-financiamneto da dívida a reembolsar em 2014. A troca de dívidas com bancos, o fundo de Segurança Social e a obtenção de financiamento através de produtos de retalho são, agora, algumas das soluções em cima da mesa.
© Reuters
Economia FMI
O plano de pré-financiamento de 2014 para Portugal está atrasado e o acesso do país ao mercado está dificultado após a crise política de Julho e as decisões negativas do Tribunal Constitucional. De acordo com o Jornal de Negócios, o Governo já preparou um plano B para o caso do regresso aos mercados falhar, e que passa por trocar a dívida com os bancos domésticos.
No próximo ano, o Governo terá de fazer dois grandes reembolsos, um em Junho e outro em Outubro. As autoridades portuguesas terão recursos para cumprirem o reembolso de 6 milhões de euros, em Junho, mas o mesmo não poderá dizer-se dos 7,8 milhões que o País terá que pagar até Outubro.
Para conseguir cumprir com as obrigações ao Tesouro já foi realizado uma plano alternativo que passa por uma operação de troca de dívida, especialmente junto dos bancos domésticos, para suavizar o perfil de amortizações. O Governo poderá, ainda, colocar dívida directamente no Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FESFSS) através do mercado primário.
Além destas duas hipóteses, o FMI considera que Portugal se deve apoiar também na emissão de mais bilhetes do tesouro e na obtenção de financiamento através de produtos de retalho para conseguir cobrir as necessidades para os próximos 12 meses.
O Executivo prevê no Orçamento do Estado para 2014 emitir 18,8 milhões de euros em dívida de curto prazo, que é quase o mesmo valor a reembolsar (18,9 milhões).
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