Sonda Juno fez uma aproximação histórica a Júpiter
A Grande Mancha Vermelha é uma das caraterísticas mais conhecidas do maior planeta do nosso Solar.
© Reuters
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A sonda Juno fez durante esta madrugada uma aproximação histórica a Júpiter e ficou a apenas 3,540 quilómetros de distância do planeta. Mais interessante ainda, a sonda esteve a pouco mais de nove mil quilómetros de altitude da famosa Grande Mancha Vermelha de Júpiter.
“A misteriosa Grande Mancha Vermelha de Júpiter é provavelmente a caraterística mais conhecida [do planeta]. Esta tempestade monumental varre o nosso Sistema Solar ao longo de séculos”, nota o responsável pelo programa Juno, Scott Bolton. “Podemos tentar perceber o que está a acontecer na base desta tempestade. É algo que é literalmente desconhecido portanto não sabemos bem o que vamos conseguir”, apontou um dos investigadores, Jared Espley, de acordo com o Engadget.
Independentemente dos novos dados que obtidos com esta aproximação, é mais que certo que nos próximos tempos seremos presenteados com novas imagens de Júpiter. Quando acontecer, será altura de as admirarmos.
Lançada em 5 de agosto de 2011, do Cabo Canaveral, no Estado da Florida, a Juno entrou em órbita em torno de Júpiter em 4 de julho de 2016.
A Juno, uma missão com custo orçamentado de 1,1 mil milhões de dólares (960 milhões de euros), deve permanecer uma vintena de meses em torno do maior planeta do sistema solar, sobre o qual deve fazer 37 sobrevoos, na sua maioria a uma distância entre 10 mil e 4.667 quilómetros acima das nuvens.
Os sobrevoos da Juno são muito mais próximos do que o precedente recorde de 43 mil quilómetros, estabelecido pela sonda norte-americana Pioneer 11, em 1974.
A sonda detetou gigantescas tempestades nos polos de Júpiter e efetuou observações inéditas sobre a atmosfera e o interior do planeta gasoso.
Júpiter aparece como "um mundo complexo, gigantesco e turbulento", muito diferente do que os cientistas imaginavam, explicou a NASA ao comentar dois dos primeiros estudos efetuados com os dados transmitidos pela Juno e publicadas em 25 de maio último na revista científica norte-americana Science.
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