Em comunicado enviado à agência Lusa, João Figueiredo, diretor executivo (CEO) em Portugal desta comunidade líder de executivos seniores digitais e de Tecnologias de Informação e Comunicação de todo o mundo, entende que é "crítico implementar um Programa de Segurança da Informação com componentes de economias de escala em modelo holístico e integrado".

Esse programa deve incluir a "gestão de serviços externos, com desenho e execução de um sistema de gestão de segurança da informação e um plano de testes de segurança, promovendo, paralelamente, a melhoria contínua em alinhamento com os requisitos normativos e de documentação, relativos à segurança da informação".

Outra das medidas prende-se com o "apoio e integração na implementação de um Security Operations Centre [Centro de Operações de Segurança], com foco a apoiar e proteger pró-ativamente a saúde contra as mais avançadas ciberameaças, como 'malware' ('software' malicioso), 'ransomware' (tipo de 'malware' de sequestro de dados), fugas de informação, abusos de marca e fraudes informáticas com impacto financeiro".

A "articulação direta" com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e a "integração das estruturas de Segurança, Risco e 'Compliance' [estar em conformidade com leis e regulamentos], Marketing Digital e DPO [Data Protection Officer] no projeto, no sentido de garantir modelos de governação bem-sucedidos", são outras das medidas defendidas pela CIONET.

João Figueiredo considera que Portugal "tem uma dimensão adequada, e uma população digitalmente capacitada, para pilotar uma experiência de inovação e transformação digital no setor do Estado e setor Público e para atrair investimento e capital intelectual para enfrentar uma das maiores inovações -- oportunidade e ameaça - do século XXI".

"Mas, para que tal aconteça, é crítico que quem tem responsabilidades no Estado, nas suas várias componentes e setores - público, privado e social - perceba a importância e urgência em atuar de imediato, trabalhando em equipa, envolvendo todos os atores e tendo claro que o que interessa, no fim do dia, é única e simplesmente garantir às pessoas o acesso aos melhores serviços públicos em qualidade e segurança", salienta este responsável da CIONET.

Esta organização adverte que "não há transição digital sem confiança digital".

"A CIONET tem com objetivos estratégicos garantir lugar no Conselho de Estado, transformar as secretarias de Estado da Transição Digital para lugares de CIO [Responsáveis de Tecnologia de Informação] e CISO [Responsáveis de Segurança de Informação] globais e transversais em todos os ministérios e garantir a soberania nacional digital ao nível das pessoas, processos e recursos", destaca João Figueiredo.

Em outubro, uma delegação da organização CIONET Portugal foi recebida, em audiência oficial, pelo presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, para apresentar propostas para "minimizar, ou mesmo mitigar riscos relacionados com a cibersegurança.

Em comunicado divulgado nessa ocasião, a CIONET referia que ser a comunidade líder de executivos seniores digitais e de Tecnologias de Informação e Comunicação de todo o mundo. Com uma associação dos Responsáveis de Tecnologia de Informação (CIOs), Responsáveis de Transformação Digital (CDOs), Responsáveis de Tecnologia (CTOs), Responsáveis de Segurança de Informação (CISOs) e líderes de TI (Tecnologias de Informação).

Nesse mesmo comunicado, a organização referia que a delegação em Portugal conta com mais de 400 profissionais das Tecologias de Informação na organização de alto nível, sendo que do ponto de vista internacional a CIONET regista mais de 9.000 profissionais associados.

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