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Medina quer alteração legislativa para reforçar resistência sísmica"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), afirmou hoje que vai apresentar uma proposta ao Governo para alterar "elementos da legislação da construção" que permitam repor "níveis de exigência" quanto ao reforço antissísmico.

Medina quer alteração legislativa para reforçar resistência sísmica"
Notícias ao Minuto

23:40 - 12/04/18 por Lusa

Política PS

"Temos de aproveitar este momento de forte investimento imobiliário na cidade para reforçarmos a capacidade geral de resistência sísmica", disse o autarca na abertura da segunda sessão do debate temático sobre sismos na Assembleia Municipal de Lisboa.

Fernando Medina advogou que "será um erro" desperdiçar "o investimento de centenas de milhares de milhões de euros que a cidade está a conhecer" e não aproveitar "este momento para melhorar a resistência global".

O presidente do município mostrou-se também convicto de que este ciclo de investimento vai permitir ter uma cidade mais bem preparada, "mais robusta para reagir a este fenómeno".

"Nesse sentido, nós apresentaremos uma proposta ao Governo que se prende precisamente com isto, que é repor elementos na legislação de construção, ou permitir a sua adaptação do ponto de vista das câmaras", para que seja possível repor "níveis de exigência que permitam isto mesmo", afirmou.

Para o autarca de Lisboa, é necessário "desenvolver estratégias específicas em matéria de construção e em matéria urbanística para enfrentar o problema das áreas críticas que resultem do cruzamento do mapa das resistências construtivas com o mapa das probabilidades de ocorrência naquelas zonas da cidade em que, pela sua história, pela natureza do seu processo construtivo, hoje há consciência que as suas fragilidades são mais elevadas".

Assim, o socialista defendeu a necessidade de "encontrar soluções próprias, práticas" em termos de urbanismo e construção, por forma a reforçar a "capacidade de resistência na baixa pombalina, no centro histórico do casco mais antigo e de construção de menor resistência e menor qualidade".

Uma destas medidas pode passar por "estratégias de reforço que permitam evitar deslizamentos contínuos de edificado numa colina, num determinado bairro específico, em zonas marcadas por uma maior fragilidade", observou.

"Adaptarmos as estratégias de investimento municipal em infraestruturas, de investimento no edificado para conseguirmos isto, é uma obrigação do tempo que temos", frisou Medina, acrescentando que esta filosofia deve abranger também "espaços públicos frágeis".

Assim, a Câmara quer "olhar estas zonas uma a uma para que se possam fazer as intervenções necessárias e robustecer a cidade de Lisboa" contra possíveis sismos.

Outra das dimensões que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa salientou foi a importância de informar a população para o que fazer em caso de catástrofe, apontando que "não existe cultura de prevenção de segurança e uma cultura interiorizada por parte dos cidadãos e instituições quanto à ação em determinados momentos".

Por isso, "estabeleci com o novo diretor da Proteção Civil e com o comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros que uma das prioridades que queria assumir durante este mandato é o desenvolvimento de ampla campanha de informação, de sensibilização à cidade e seus munícipes sobre riscos e o que fazer em caso de situações de emergência", anunciou.

Na opinião do presidente da Câmara de Lisboa, "há muito a fazer na consciencialização e informação das pessoas" sobre a atuação em caso de sismo, pelo que é premente a "construção de um programa de ação".

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