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PS acusa autarca de Évora de "incompetência ou mentir"

A oposição PS na Câmara de Évora acusou hoje o presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), de ser "incompetente ou estar a mentir" sobre a deteção de cinco milhões de euros de dívida não registada.

PS acusa autarca de Évora de "incompetência ou mentir"
Notícias ao Minuto

14:53 - 22/01/18 por Lusa

Política PS

"O presidente da câmara só pode ter sido surpreendido por uma de duas razões: ou está a mentir e a surpresa não existiu ou é absolutamente incompetente para gerir a Câmara de Évora", afirmou à agência Lusa a vereadora socialista Elsa Teigão.

Na semana passada, o presidente do município, o comunista Carlos Pinto de Sá, revelou à Lusa terem sido detetados, no ano passado, cinco milhões de euros de encargos que não estavam registados, o que elevou o valor da "dívida herdada" da anterior gestão PS (2001-2013) para 94,7 milhões de euros.

O autarca referiu então que a Câmara de Évora registou, em 2017, uma dívida de 1,7 milhões de euros ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e outra de 3,3 milhões à empresa responsável pelo abastecimento de água.

Hoje, a vereadora do PS Elsa Teigão referiu que a dívida ao IHRU, relacionada com a aquisição de 54 fogos no Bairro das Corunheiras, resulta do facto de "não ter sido registada na Habévora" no primeiro mandato de Pinto de Sá.

"Esta situação está descrita nas atas da primeira reunião da assembleia municipal, em novembro de 2013, em que o próprio presidente propôs que aquela verba fosse inscrita como dívida na Habévora", empresa responsável pela gestão do património habitacional do município, disse.

Contudo, segundo a vereadora socialista, "o próprio presidente da câmara ou alguém por ele mandado não o fez e, agora, na negociação com o IHRU, o presidente vem a descobrir que não fez um procedimento que deveria ter feito".

"O erro é do presidente da câmara, que não mandou, não se responsabiliza ou não tem alguém que lhe faça os procedimentos legais que tinham de ter sido feitos, mas é mentira que ele desconhecesse este valor", acrescentou.

Quanto à dívida à Águas do Vale do Tejo, empresa que "absorveu" a antiga Águas do Centro Alentejo, Elsa Teigão realçou que esta resulta de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja, depois de uma contestação apresentada pela anterior gestão socialista.

"É uma dívida que foi decidida pelo tribunal, mais os juros que teriam de ser pagos, e isso constava em orçamento, desde que o presidente Pinto de Sá está na Câmara de Évora", assinalou, considerando que a gestão CDU e o presidente "tinham de ter conhecimento da ação que estava em tribunal".

A vereadora Elsa Teigão notou ainda que o presidente do município "sempre fez declarações para justificar a sua inércia ao nível do cumprimento do seu programa na Câmara de Évora com a questão da dívida e a dívida deixada pelo PS".

Carlos Pinto de Sá foi eleito para um segundo mandato à frente da câmara da capital de distrito alentejana, novamente com maioria absoluta, nas eleições autárquicas de 01 de outubro de 2017.

O PS esteve na gestão da Câmara de Évora durante três mandatos, entre 2001 e 2013.

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