Financiamento: CDS fala em propostas "escandalosas" e faz apelo a Marcelo
Assunção Cristas afirma que CDS já antes do verão se tinha oposto a alterações.
© Presidência da República
Política Assunção Cristas
A aprovação de alterações à lei de financiamento dos partidos, aprovada a poucos dias do Natal, está a causar polémica.
Em causa estão alterações que põem fim ao limite máximo de donativos para os partidos mas também a possibilidade de devolução do IVA de todas as despesas.
Todos os partidos com assento na bancada parlamentar votaram a favor, exceto o PAN e o CDS.
Assunção Cristas, líder centrista, falou em conferência de imprensa ao final desta manhã de quarta-feira sobre o tema, afirmando que as alterações polémicas surgiram a meio do processo e que foram no sentido contrário ao que era suposto quando o grupo de trabalho foi criado.
O grupo de trabalho, explicou Cristas, foi criado “com o objetivo único de acolher reparos e sugestões feitas pelo Tribunal Constitucional (TC)".
"A meio do processo", porém, "apareceram propostas de vários partidos relacionadas com a devolução do IVA e com o aumento do teto do financiamento privado dos partidos, propostas que nada tinham a ver com o objetivo inicial. O CDS opôs-se desde logo e impediu a votação ainda antes do verão”.
Retomados os trabalhos parlamentares, acrescentou a líder do CDS, “o CDS manteve-se fiel ao objetivo inicial e rejeitou estas propostas”. No entender do partido, são “uma inflexão ao caminho dos últimos anos, caminho trilhado no sentido de conferir transparência e limites ao financiamento partidário”.
As alterações, disse ainda, “são inadmissíveis e escandalosas”, para além “de tal forma graves” que mereceram a rejeição centrista.
Cristas deixou ainda um apelo a Marcelo para que vete o diploma, “na esperança de que os restantes partidos possam rever as suas posições”.
[Notícia atualizada às 12h45]
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