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Greve da Função Pública "é sinal ao Governo de que há muito para fazer"

A deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, classificou hoje a greve da Função Pública como um aviso dos trabalhadores ao governo do PS no sentido da reposição de direitos perdidos.

Greve da Função Pública "é sinal ao Governo de que há muito para fazer"
Notícias ao Minuto

14:09 - 26/05/17 por Lusa

Política Mariana Mortágua

"Tudo indica que há uma boa adesão à greve da Função Pública. Nas escolas, essa adesão está a ser muito expressiva. Este é um sinal claro ao governo de que o país reconhece os passos que foram dados mas acha que há muito mais para fazer, para recuperar rendimentos e cumprir a expectativa", disse aos jornalistas Joana Mortágua.

A deputada do Bloco de Esquerda esteve presente na conferência de imprensa sobre a greve da Função Pública, frente ao Liceu Passos Manuel, em Lisboa, em que estiveram o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e dirigentes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais.

Joana Mortágua recordou que os trabalhadores da Administração Pública tiveram uma "longa década" de cortes nos direitos e nos vencimentos e que muitos têm os salários congelados desde 2009.

Para a deputada, apesar de "já ter havido uma recuperação", nomeadamente nos cortes diretos no rendimento, há um conjunto de matérias - como o congelamento das carreiras - que os trabalhadores querem ver resolvidas.

"É uma promessa do governo; está no programa do governo; está nos acordos que o governo fez com o Bloco de Esquerda e é importante que o governo dê um conjunto de sinais aos trabalhadores da Administração Pública", frisou.

Para o Bloco de Esquerda, "quando país consegue dar a volta", os processos que envolvem os trabalhadores têm de ser profundos no sentido de se resolverem os "danos" provocados pela 'troika' e pelo governo do PSD/PP. Para a deputada do BE, é "urgente" encontrar uma solução.

"É urgente porque vem tarde, é urgente porque estes trabalhadores tiveram muita esperança quando o governo do PSD/PP foi afastado e depois de tantos anos, de tanta violência, de tantos ataques aos serviços públicos, o que estes trabalhadores querem é a reposição dos seus direitos. Entendem-no como justiça", disse Joana Mortágua.

Convocada pela Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS), a greve nacional de hoje na Função Pública foi anunciada no início de abril para reivindicar aumentos salariais, pagamento de horas extraordinárias e as 35 horas de trabalho semanais para todos os funcionários do Estado.

O regime das 35 horas foi reposto em julho de 2016, deixando de fora os funcionários com contrato individual de trabalho, sobretudo os que prestam serviço nos hospitais EPE.

A FNSTFPS, afeta à CGTP, é composta pelos sindicatos do norte, centro, sul e consulares e representa 330 mil funcionários.

A última greve geral convocada pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais com vista à reposição das 35 horas semanais realizou-se em janeiro do ano passado e teve, segundo a estrutura, uma adesão média entre 70% a 80%, incluindo os hospitais.

Segundo a federação, a greve está a ter uma adesão que ronda os 90 por cento a nível nacional.

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