"Afinal o que é a União Europeia?". A pergunta a que Zorrinho respondeu
Carlos Zorrinho dissertou sobre o tema União Europeia e referiu que é necessário olhar para os cidadãos e mostrar-lhes que a União Europeia pode significar mais para as pessoas.
© Global Imagens
Política Carlos Zorrinho
Carlos Zorrinho, eurodeputado português eleito pelo Partido Socialista, decidiu debruçar-se sobre “uma pergunta simples de cuja resposta depende o futuro: Afinal o que é a União Europeia?”.
O político acredita que, por vezes, “no meio do ruído e da confusão é útil regressar às perguntas simples”, o que o levou a abordar o tema, sendo que o mote ‘União Europeia’ tem estado em cima da mesa e tendo em conta a necessidade de esta união mostrar força a nível mundial e ter de ligar com fenómenos como o ‘Brexit’.
Realçando que é um europeísta que acredita que “o mundo precisa de uma UE forte e coesa”, Zorrinho revela que “mais importante que definir UE duma forma geral e concisa, é tentar perceber o que é a UE para cada um 500 milhões de cidadãos que a compõem e conseguir que ela seja entendida como algo positivo para a grande maioria deles”. E, recordando que nos encontramos “num tempo de crise e indefinição”, o português ressalva que na sua essência a União “é um exercício profundo de democracia”.
Para os europeus que ainda se recordam “das guerras que dilaceraram o mundo em geral e a Europa em particular na primeira metade do Século XX a UE é um projeto de paz”. Contudo, Zorrinho alerta para o facto de a sucessão geracional e o passar do tempo vir a “ reduzir o peso desta visão, que foi fundamental na sua conceção e desenvolvimento”.
Porém, “para outras gerações, que viveram décadas sobre regimes ditatoriais de matizes diversas, a UE é um projeto de Liberdade. A Liberdade é um valor supremo que muitas vezes se desvaloriza quando se atinge. A importância da liberdade na definição do que é a UE tem vindo a esfumar-se na memória de quem a dá, de forma precipitada, como adquirida”, frisa no texto que escreveu na sua página oficial do Facebook.
Aliás, Carlos Zorrinho vai mais longe, e explica que hoje “já não basta proclamar mais e melhor UE para mobilizar para o projeto europeu a maioria dos cidadãos, mesmo que mais e melhor UE possa significar mais e melhor capacidade de evitar o retorno da guerra ou a usurpação da liberdade”.
“É preciso mais”, garante. Para além da “paz e liberdade” que considera fundamentais, o eurodeputado justifica que “a UE tem de significar outras coisas positivas que tenham a ver diretamente com a vida quotidiana dos Europeus”.
Educação, conhecimento, justiça, trabalho remunerado e digno, serviços de saúde de qualidade, redes e serviços digitais, ambiente com mais qualidade, uma vida mais segura são alguns dos factores apontados para Zorrinho como fundamentais.
“Nas últimas décadas, para muitos europeus, UE significou menos e não mais na sua perceção sobre aquilo lhes pode dar no dia a dia. Enquanto não for capaz de mudar este sinal na sua definição, a UE será um projeto indefinido, qualquer que seja a definição que escolhermos para a caracterizar”, conclui.
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