"Centro histórico do Porto é património, não é negócio", diz Bloco
Turismo trouxe dinamismo económico mas tem também “outras consequências muito negativas”.
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Política Comunicado
É na próxima terça-feira, 28 de março, que se assinala o Dia Nacional dos Centros Históricos.
O centro histórico da cidade conhecida como Invicta foi declarado património da Humanidade pela UNESCO há já duas décadas, em 1995.
Os números positivos do turismo na cidade são reconhecidos pelo Bloco de Esquerda. Mas em comunicado enviado às redações a concelhia local bloquista faz também críticas.
A cidade, lê-se no comunicado, “tem vindo a registar uma crescente procura turística. Mas além da dinamização de actividades económicas como a hotelaria ou o comércio, este aumento tão significativo de visitantes está a trazer outras consequências muito negativas”.
O Bloco critica o que descreve como especulação imobiliária, afirmando que esta “pressiona os moradores para abandonarem as suas habitações.
Tanto as rendas como os imóveis à venda na zona registaram aumentos nos preços nos anos mais recentes. “As novas rendas já ultrapassam os 8 euros/m2 , há mais de 30 pedidos de licenciamento para novos hotéis e mais de 10% da habitação do Centro Histórico está já capturada pelo alojamento local”, aponta o Bloco.
A reabilitação da cidade, acrescenta-se, “tem de ser também para quem cá vive”.
E, por esta razão, “os poderes públicos da cidade não podem deixar de responder à aflição de tanta gente que quer continuar a viver na zona histórica e se sente empurrada pelos negócios da especulação imobiliária”.
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