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Portugal contra novas sanções à Rússia

Portugal defende que a União Europeia deve investir no "diálogo e na aproximação" para restabelecer "uma boa relação de cooperação" com a Rússia, opondo-se a novas sanções, cuja eficácia é "bastante duvidosa", afirmou hoje em Bruxelas o primeiro-ministro.

Portugal contra novas sanções à Rússia
Notícias ao Minuto

13:48 - 21/10/16 por Lusa

Política António Costa

"Portugal tem entendido que nós devemos passar mais para a fase da cooperação do que para a fase da sanção. As sanções, aliás, têm tido uma eficácia bastante duvidosa, e no que nos diz respeito têm sido penalizadoras de vários setores económicos. Não é nossa ambição que se mantenham as que existem, muito menos que sejam alargadas novas sanções", declarou, numa conferência de imprensa no final de uma cimeira de líderes da União Europeia.

Apontando que os líderes europeus adotaram no final da primeira sessão de trabalhos do Conselho Europeu uma declaração apelando a um cessar-fogo na Síria, designadamente em Alepo, e à abertura de um corredor humanitário, António Costa sustentou que "o diálogo que tem vindo a ser prosseguido em diferentes formatos é essencial" e "a UE quer uma relação não conflituosa com a Rússia, mas uma relação parceira, de vizinhos, que se respeitam, e que em conjunto podem ajudar à paz e estabilidade".

"Acreditamos que é sobretudo com o diálogo e com a aproximação que nós podemos contribuir para a paz na Síria e para uma boa relação de cooperação entre a UE e a Rússia", disse, reforçando que o caminho a seguir para reaproximar as duas partes não é o das sanções.

"Achamos que é importante que a UE mantenha uma posição unida relativamente a essa matéria, mas os votos que fazemos é que seja possível restabelecermos uma relação com a Rússia assente na cooperação e não propriamente no conflito e na sanção", afirmou.

Na conferência de imprensa no final do primeiro dia de trabalhos, já na madrugada de hoje, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, indicou que houve "uma ampla discussão sobre a Rússia" e que os líderes europeus têm a noção de que "a estratégia da Rússia é enfraquecer a União Europeia", mas garantiu que o bloco europeu manterá a sua unidade face a Moscovo.

Referindo-se ao caso específico da intervenção russa no conflito sírio, e designadamente nos bombardeamentos a Alepo, Donald Tusk reiterou que a UE "pede o fim das atrocidades e imediato cessar de hostilidades" e "considerará todas as opções disponíveis se estas atrocidades continuarem", sem no entanto mencionar a possibilidade de novas sanções.

"Aumentar tensões com a Rússia não é o nosso objetivo, estamos apenas a reagir a passos dados pela Rússia. Claro que a UE está sempre disposta a encetar um diálogo, mas nunca comprometeremos os nossos valores ou princípios", concluiu.

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