Paulo Morais: 'O logro mau e os três embustes' da CGD
O antigo candidato presidencial escreveu no Facebook sobre o "embuste" do aumento de capital da CGD.
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Política Notícias
Paulo de Morais usou as redes sociais para expressar a sua opinião sobre o aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos, uma história a que o antigo candidato presidencial chama ‘O logro mau e os três embustes’.
“Primeiro embuste, primeira mentira”, começa por dizer Paulo Morais referindo-se ao facto de o Governo querer “canalizar vários milhares de milhões de euros dos contribuintes para a Caixa Geral de Depósitos, com o argumento de que o Banco público necessita de um reforço de capital de quase cinco mil milhões”.
Nesta senda, o político é perentório: “Mas é mentira, a Caixa não precisa de capital. Quem o assegura são os documentos da própria CGD. A Caixa está de boa saúde, em termos de liquidez: o seu ‘LiquidityCoverage Ratio’ ascende a 193,5%, valor muito acima das exigências regulamentares”.
“No que diz respeito à solvência, os rácios de referência na Banca Internacional, designados de ‘Common Equity Tier 1, Phased-in e Fully Implemented’, “alcançaram em junho valores de 10,0% e 9,2%, respetivamente, cumprindo as exigências regulamentares”, segundo resultados publicados, há pouco mais de um mês”, acrescenta.
“São pois os documentos da CGD que contrariam a anunciada necessidade de injeção de capital”.
Por outro lado, e referindo-se a um “segundo embuste”, o candidato presidencial que ficou conhecido por lutar contra a corrupção frisou que apesar de o Governo anunciar “que este fluxo de dinheiros públicos não conta para o défice público”, o Eurostat garante “que estas verbas, provenientes no Orçamento de Estado, deverão contar para o défice”.
“Terceiro embuste: A única justificação até hoje avançada no espaço público é a de que o aumento de capital é uma exigência que resulta de testes de stress à CGD, realizados pelo Banco Central Europeu. O problema é que estes testes justificariam o aumento de capital, apenas num hipotético cenário futuro de uma recessão acumulada no PIB de 5,3% nos próximos 3 anos, a par de uma desvalorização do preço das casas na ordem dos 12% entre 2016 e 2018 - cenário que o governo liminarmente rejeita”, conclui.
“O desvio de milhares de milhões de dinheiro dos contribuintes para a CGD será o próximo pesadelo, um sonho mau tornado realidade, um logro mau”.
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