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PCP defende maior colaboração entre Metro de Lisboa e trabalhadores

O deputado do PCP Bruno Dias defendeu hoje uma maior colaboração entre a administração do Metro de Lisboa e os trabalhadores para se resolverem problemas antigos, como os horários e a falta de pessoal.

PCP defende maior colaboração entre Metro de Lisboa e trabalhadores
Notícias ao Minuto

15:20 - 21/06/16 por Lusa

Política Bruno Dias

"Quando temos a constatação de que há necessidades que podiam ser evitáveis (...), tem de se ter um diálogo com as organizações dos trabalhadores", afirmou.

Bruno Dias falava à agência Lusa após uma visita que fez hoje de manhã ao Metro de Lisboa, a convite da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

O deputado acompanhou, entre as 08:00 e as 12:00, uma jornada de trabalho dos maquinistas na linha Amarela.

No final, Bruno Dias lamentou que o trabalho dos maquinistas continue a não ser valorizado e lembrou que o Metro já teve uma administração "que tratou os trabalhadores como se fosse o inimigo e não como o fator decisivo e fundamental, sem o qual o serviço não dá respostas às necessidades das pessoas".

O deputado propôs a realização de estudos para se avaliar a extensão de possíveis problemas como os níveis de radiação a que os maquinistas estão sujeitos, o ruído e o surgimento de uma nova doença profissional, a tendinite.

Da parte da Comissão de Trabalhadores (CT), Paulo Alves disse à Lusa que o objetivo desta visita foi proporcionar ao deputado a perceção "dos problemas concretos daqueles profissionais", que têm um trabalho rotineiro, têm o tempo contado ao minuto para irem à casa de banho, comer ou fumar e, por serem poucos, nem folgas podem gozar.

"Ainda não entraram os 30 novos trabalhadores anunciados pelo Governo, ainda nem sequer foram lançados os concursos", afirmou.

Referindo-se aos novos horários de trabalho impostos pela administração, Paulo Alves fez saber que vai ser entregue na quarta-feira uma participação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) por não ter sido pedido um parecer à CT, o que "é ilegal".

Afirmando que as organizações dos trabalhadores estão "disponíveis para se sentarem e resolver os problemas", Paulo Alves frisou que também "estão disponíveis para fazer (protestos] como no passado".

Por seu lado, Silva Marques, do Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano de Lisboa (STTM), fez saber que, entre 2009 e hoje, o Metro ficou com "um défice de 50 maquinistas", o que faz com que não haja trabalhadores de reserva para baixas, férias ou doenças súbitas.

Para José Silveira, do Sindicato dos Trabalhadores da Manutenção do Metropolitano de Lisboa (SINDEM), a situação da empresa é uma consequência do processo de concessão lançado pelo Governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho.

"Precisamos de mais respeito, principalmente dos diretores", afirmou os sindicalistas, acrescentando que, "a curto prazo, as coisas podem extremar-se e não é isso que se quer".

A Fectrans convidou todos os grupos parlamentares a acompanharem uma jornada de trabalho dos maquinistas do Metro, estando a próxima agendada para dia 28 com um deputado do BE.

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