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Campanha presidencial deixa buraco nas contas de quatro candidatos
Parte da subvenção do Estado que cabe a cada candidato não chega para que alguns paguem as despesas com a campanha. Já outros recebem bem mais do que estariam à espera.
© Wikimedia Commons
Política Eleições
Quatro candidatos às eleições presidenciais vão registar um buraco de 1,43 milhoes de euros nas contas por não receberem a subvenção pública que previam, já que não conquistaram 5% dos votos do eleitorado.
Em causa estão, segundo o Jornal de Negócios, Maria de Belém, Edgar Silva, Henrique Neto e Paulo Morais. Mas é a candidata socialista quem sofre um maior rombo, dado o fraco resultado conquistado no sufrágio.
A antiga ministra do PS estimava receber um total de 790 mil euros. Edgar Silva, por sua vez, fica com um buraco de 378 mil euros aguardados. Mais ligeiro é o défice nas contas de Henrique Neto e Paulo Morais, cujo buraco será de 199 mil e 61 mil euros, respetivamente.
Note-se que, além da quantia (20%) distribuída equitativamente pelos candidatos que obtiveram mais de 5% dos votos do eleitorado, a subvenção pública contempla dinheiro (80%) que deve ser atribuído em função dos resultados eleitorais conseguidos. Mas também esta recai só sobre quem teve pelo menos 5% dos votos.
Como já havia sido referido em notícias divulgadas na noite de ontem, 682 mil euros, ou seja, 20% da subvenção pública, são divididos equitativamente por Marcelo Rebelo de Sousa, Sampaio da Nóvoa e Marisa Matias.
Se o primeiro tem a receber do Estado 1,6 milhões de euros, o segundo recebe 851 mil euros e a terceira recebe 503 mil. Contudo, há que referir que a subvenção não se pode traduzir em lucro para os candidatos, pelo que só é atribuída a verba justificada com despesas.
[Notícia corrigida às 23h30. Esclarece-se que os 80% da subvenção são distribuídos pelos candidatos com pelo menos 5% dos votos e não por todos os candidatos que foram a eleições]
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