Escolhido como figura nacional pelo Diário Económico, António Costa é alvo do olhar de Miguel Relvas, num artigo de opinião assinado no mesmo jornal.
Para o antigo ministro do PSD, o desafio que se coloca ao primeiro-ministro, uma vez constituído Governo com base num “acordo à Esquerda, que tem tanto de oportunismo como de falta de convicção”, é conseguir colocar em prática esse acordo,
E neste prisma Miguel Relvas não duvida que Costa “não hesitará em condicionar” Bloco de Esquerda, PCP e Os Verdes “conforme melhor lhe convier”.
Já no que toca à forma como conduzirá os destinos do país, o social-democrata prevê um “exercício da governação muito mais focado no discurso e na comunicação do que só e apenas afunilado e tomado pelas tecnicidades dos instrumentos utilizados para a concretização dos objetivos da coisa pública”. “O que faltou em comunicação a uns sobra a António Costa”, brinca.
Numa altura em que “o país acabou de sair de uma zona de cuidados intensivos”, vem aí “um ano decisivo para António Costa no que respeita à credibilidade do país a nível internacional”.
Nessa matéria, frisa Miguel Relvas, “não se pode pretender fazer crer que cumprimos os acordos internacionais e por outro lado ameaçar rasgar os acordos feitos com companhias estrangeiras no que respeita à venda de empresas portuguesas de domínio estatal”.
