"A estabilidade que Luís Montenegro pede é, na verdade, poder, o que ele quer é que lhe demos o poder e ele, em troca, não nos dará grande estabilidade", considerou Rui Tavares numa ação de distribuição de panfletos no Parque das Nações, em Lisboa, naquele que é o oitavo dia de campanha eleitoral.
E acrescentou: "Trata-se de alguém que ainda agora deitou abaixo o seu próprio Governo apenas por eleitoralismo quando poderia ter esclarecido tudo na Assembleia da República ou até se ter afastado para permitir que o seu partido escolhesse um outro primeiro-ministro".
Depois de Luís Montenegro ter defendido hoje que a estabilidade política pode "fazer toda a diferença" em Portugal perante a incerteza europeia e mundial, Rui Tavares disse não saber de que estabilidade é que o social-democrata está a falar.
Em sua opinião, a estabilidade de Luís Montenegro nestas eleições legislativas é "tão boa" como foi a ética das eleições passadas.
Rui Tavares, que foi sendo abordado por muitos jovens, um dos quais lhe pediu sugestões de livros, frisou que Luís Montenegro dizia que Portugal iria ter um crescimento económico de 3% e, afinal, teve uma contração económica de 0,5%.
"Eu temo muito que com Luís Montenegro venhamos a ter aquilo que já tivemos no passado, que é o primeiro-ministro que gasta a folga orçamental em campanha eleitoral", atirou.
Segundo o dirigente do Livre, o país poderá confrontar-se nos próximos anos com uma crise económico-financeira, com origem internacional, e ter muito menos folga para enfrentar essa crise.
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