"Ontem [sábado] ouvi o líder da AD referir-se a si próprio como ao farol do país. Não sei se foi do apagão, mas alguém devia dizer que o farol não está a funcionar. Os barcos estão todos a encalhar", afirmou Fernando Araújo discursando num almoço comício do PS que decorre, com casa cheia, em Vila Nova de Gaia, Porto.
Segundo o candidato do PS, "encalhou o barco da economia, encalhou o barco da habitação" e "o da saúde, esse nem sequer chegou a sair do porto".
"E, por isso quero dizer ao Pedro Nuno Santos que chegou a altura, como dizem os físicos, de trazer luz à governação. Com liderança, com competência, com valor", apelou.
Para Fernando Araújo, "Pedro Nuno Santos é seguramente o homem certo para devolver a segurança do SNS aos portugueses" e é por isso o PS tem "que ganhar".
O antigo diretor executivo do SNS considerou que este é "um momento decisivo": "ou se escolhe salvar o SNS ou se escolhe assistir à sua destruição".
"Não há meios termos. E por isso nós temos a obrigação de ganhar estas eleições. A obrigação de devolver novamente o SNS aos portugueses", avisou.
Aquilo que Fernando Araújo disse que tem encontrado nas ruas no contacto com a população em campanha são pessoas que "transmitem o seu medo" com a "falta de cuidados de saúde quando precisam".
"A AD quebrou um pacto de confiança que o Estado português tinha. Esse pacto chamava-se SNS. Um pacto que garantia a saúde a todos os portugueses e que agora foi colocado em causa", condenou.
Após um ano de governação da AD, segundo o médico, os portugueses "perceberam que os indicadores de saúde pioraram" e por isso a população teme "pelo futuro e pela eventual priorização do Serviço Nacional de Saúde".
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