Num discurso num comício em Lisboa, Mariana Leitão, cabeça de lista da IL no círculo eleitoral de Lisboa, afirmou que, apesar de os portugueses pedirem e ambicionarem mudança, "na hora da decisão aparece sempre um grande bloqueio: o voto útil".
"Ele vem com um nome bonito e inocente, mas é, na verdade, um apelo para colocarmos de lado a força da esperança e para a substituir pelo pior dos sentimentos, o medo. O medo paralisa, a esperança liberta", referiu.
Para a líder parlamentar da IL, anunciada como candidata presidencial nas eleições de janeiro de 2026, "o voto útil é inútil para a democracia".
"Ele enfraquece o debate, empobrece a pluralidade de ideias e condena-nos a opções que não nos representam verdadeiramente. Não se deixem enganar por aqueles que, de forma irresponsável, diabolizam quem traz uma mensagem de esperança", disse.
Mariana Leitão pediu ainda aos portugueses para não se deixarem enganar "por aqueles que vendem apenas medo em troca de um bloqueio que os favorece, mas que condena o país a uma estagnação".
"Dizem que devemos deixar de lado as nossas convicções, os nossos sonhos, os nossos projetos. Dizem para votarmos não por esperança, mas por cálculo. Para votar não pelo que acreditamos, mas contra aquilo que tememos. Dizem que votar é um ato de resignação, mas é o contrário", disse Mariana Leitão, contrapondo que o voto "é a ferramenta mais poderosa" da democracia para alterar o rumo das políticas.
"É um grito de liberdade, é uma afirmação de esperança, é o momento em que dizemos, com toda a clareza, 'é isto que eu quero para o meu país'. Votar é um ato de coragem, de afirmação, o momento em que enviamos uma mensagem clara de que não aceitamos menos do que merecemos", referiu.
Depois de salientar que o voto na IL traz mudança e é um voto de confiança nos portugueses, Mariana Leitão deixou um apelo direto ao voto no seu partido.
"O único voto útil é o voto por convicção. Vota com esperança, vota na IL", pediu.
Momentos antes deste discurso de Mariana Leitão, o cabeça de lista da AD por Viseu, António Leitão Amaro, tinha afirmado hoje que o voto na IL "retira força" ao primeiro-ministro Luís Montenegro e dramatizou que o voto no Chega só serve para "ajudar o PS" a regressar ao poder.
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