Detenção de Sócrates é "um embaraço" para o PS
O antigo ministro da Justiça socialista José Vera Jardim declarou à Rádio Renascença (RR) estar convicto da inocência do ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas reconheceu que o caso "é um embaraço" para o Partido Socialista (PS).
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Política Vera Jardim
Vera Jardim reconheceu na segunda-feira, durante o programa 'Falar Claro' da RR, o "impacto enorme" da detenção de José Sócrates e o "embaraço" que causa ao PS.
"A presunção de inocência, no meu caso é convicção de inocência", afirmou o dirigente do PS no programa ‘Falar Claro’, antes de serem conhecidas as medidas de coação ao antigo primeiro-ministro José Sócrates (que ficou em prisão preventiva) e aos outros três arguidos no âmbito da mesma investigação sobre alegados crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, entre outros.
O antigo ministro da Justiça e dirigente do PS, que falou pela primeira vez sobre o caso, vincou à RR que a detenção de José Sócrates tem efeitos no PS.
"É evidente que é um embaraço", declarou Vera Jardim, salientando, no entanto, estar convicto de que a "liderança forte de António Costa saberá lidar com a situação da melhor forma".
Sobre o XX Congresso do PS, que vai decorrer no próximo fim de semana, José Vera Jardim considerou que "tudo será feito" para tornar o evento "o mais normal possível".
O ex-primeiro-ministro José Sócrates tornou-se o primeiro ex-líder de governo da história da democracia portuguesa a ficar em prisão preventiva, indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
Depois de ter sido detido na sexta-feira à noite, no aeroporto de Lisboa, quando regressava de Paris, José Sócrates começou a ser interrogado no domingo.
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