"Permitam-me dar uma palavra, não às mulheres da nossa família, mas às mulheres que cuidam dos filhos e dos pais dos outros. As mulheres que trabalham nos lares, que trabalham nas creches todos os dias, a cuidar dos nossos pais, a cuidar das nossas crianças", afirmou Pedro Nuno Santos, durante um discurso em Bragança, que concluiu o sétimo dia de campanha para as eleições do dia 18.
O líder do PS acrescentou que, "para quem não sabe", as mulheres "ganham muito pouco".
"Um país decente é um país que dignifica as mulheres que cuidam dos filhos dos outros", defendeu ainda Pedro Nuno Santos.
Na sua esmagadora maioria, adiantou o líder socialista, são mulheres que "dedicam as suas vidas a cuidar dos mais velhos e das crianças do nosso país", pelo que fez questão de deixar um reconhecimento num distrito marcado pelo envelhecimento da população e onde muitas trabalham em instituições que apoiam os idosos.
Lembrando que as mulheres "trabalham fora de casa e trabalham dentro de casa", Pedro Nuno Santos salientou ainda que as "mulheres em Portugal ainda trabalham a dobrar".
O secretário-geral socialista dedicou também parte do seu discurso aos pensionistas.
"Quando ouve uma mulher a dizer 'eu trabalhei 52 anos e ganho uma pensão baixa', um líder do PS não se limita a dizer 'olhe, minha senhora, é a sua carreira contributiva' como fez Luís Montenegro, nós não fazemos isso", afirmou.
É que, segundo acrescentou, é possível alguém "ter trabalhado muito, ter trabalhado 40, 45, 50 anos de sol a sol" e "mesmo assim ter-se pensões baixas".
"Nós sabemos que essa é a realidade da maioria esmagadora dos nossos pensionistas", apontou Pedro Nuno Santos, avançando que, durante os governos socialistas de António Costa, foram feitos "seis aumentos" nas pensões "para lá do que a lei estipulava".
"Porque nós sabíamos que, mesmo cumprindo a lei, as pensões continuam a ser baixas e que nós temos que fazer um esforço para as aumentar, para respeitar quem trabalhou uma vida inteira", frisou o secretário-geral do PS.
Neste discurso, Pedro Nuno Santos repetiu que o "PS é um porto seguro" e que o "programa socialista, neste contexto de incerteza, é aquele que melhor defende o povo português".
"A AD apresentou um programa que é impossível. Depois da queda da economia, tornou-se então uma brincadeirinha de mau gosto, nada mais do que isso", lamentou.
[Notícia atualizada às 19h33]
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