A Comissão Permanente do Parlamento debateu, esta quarta-feira, as causas da quebra do fornecimento de energia em Portugal, com a presença do Governo.
A maioria dos partidos da Esquerda à Direita criticou a falta de comunicação do Governo e levantou preocupações com a segurança e soberania nacionais. Apenas o PSD e o CDS-PP tecerem elogios ao Executivo, apesar de reconhecerem que houve falhas.
Em resposta, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, acusou o PS de "oportunismo" e destacou que, durante o apagão, "não aconteceu a desgraça que alguns parece que desejavam".
Já a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, justificou que não falou mais cedo à comunicação social porque "estava a trabalhar", uma vez que "tinha a responsabilidade de cinco áreas críticas: eletricidade, água, saneamento básico, combustíveis e gás".
O debate foi pedido pelo PCP, que considerou que ficaram patentes "vulnerabilidades e problemas" no sistema elétrico nacional que devem ser avaliadas, em particular ao nível da soberania.