Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião na Academia de Amadores de Música, em Lisboa, Rui Tavares adiantou que "Portugal tem já a possibilidade de ter uma comunicação via rádio com os telemóveis que não é a comunicação por SMS, aquela que só chegou a muitos às onze da noite".
Este cenário não se verificou, uma vez que, segundo o porta voz do Livre, falta uma assinatura: "Ontem, o que o ministro das Infraestruturas nos disse é que estava tudo pronto para isso funcionar, mas ainda não assinaram o despacho".
Esta comunicação via rádio, acrescentou o dirigente do Livre, poderia ter sido feita através das torres celulares das operadoras de telemóvel, tal como existe já noutros países. Além da rapidez, esta possibilidade poderia também abranger quem não tem número de telemóvel português, alegou.
Rui Tavares voltou hoje a deixar críticas ao Governo pela sua atuação durante o apagão que deixou o país sem luz durante grande parte do dia de segunda-feira.
"Luís Montenegro tem muito talento para perceções e para gerir crises com perceções, mas perante o teste da realidade ficou aquém", reiterou.
Ainda a propósito do apagão, o Livre considerou que "mesmo sendo um insólito", o país pode estar preparado para tal, dando como exemplo uma das recomendações já deixadas pelo partido em dezembro de 2024 e que passa pela distribuição de `kits´ de emergência à população com mais de 65 anos.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, desde as 11:30, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.
O operador da rede de distribuição de eletricidade E-Redes garantiu na terça-feira de manhã que o serviço estava totalmente reposto e normalizado.
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