PS/Benavente critica câmara por não comprar terreno onde queria parque

O Partido Socialista (PS) de Benavente acusa a Câmara Municipal (CDU) de ter desperdiçado a oportunidade de adquirir um terreno junto aos Bombeiros de Samora Correia, onde pretendia criar um parque urbano.

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© Museu Municipal de Benavente

Lusa
30/04/2025 19:16 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Benavente

O espaço foi entretanto vendido à associação Ahmadia do Islão em Portugal, que ali pretende construir um complexo comunitário com biblioteca e áreas desportivas, entre outros, e aberto à população.

 

Em comunicado, os socialistas acusam a autarquia de ter permitido que o terreno fosse comprado por uma entidade privada que pretende construir no local um edifício de grandes dimensões.

"Permitir ali construir um equipamento de grandes dimensões, seja ele de que natureza for, vai atrair para aquele local mais tráfego automóvel. Samora Correia não deseja mais carros, mas sim espaço de lazer para a sua população", referiram.

O PS adiantou que pretendia utilizar o espaço para criar um parque urbano, medida que integra o seu programa autárquico, a ser apresentado "brevemente" aos cidadãos de Samora Correia, no distrito de Santarém.

"Temos uma proposta para ali desenvolver um parque urbano para fruição pública de cidadãos. É nossa intenção dotar a cidade de Samora Correia de infraestruturas que melhorem o ambiente urbano da mesma, tal como para o Porto Alto e Benavente. Este parque trará uma melhoria significativa na qualidade de vida dos residentes, oferecendo um espaço verde e de lazer", afirmou o partido.

Segundo a escritura da venda do terreno, a que a agência Lusa teve acesso, o espaço foi adquirido por 300 mil euros pela associação Ahmadia do Islão em Portugal.

O presidente da associação, Fazal Ahmad, afirmou hoje à Lusa que pretende ali construir "um complexo ao serviço da comunidade, com uma biblioteca, uma sala de reuniões e um lugar para a prática de desporto, não só para muçulmanos, mas para toda a comunidade".

Segundo o responsável, o projeto está ainda numa fase inicial. A escolha de Samora Correia deveu-se, explicou, à proximidade a Lisboa e aos preços dos terrenos, que "são mais baratos".

Fazal Ahmad sublinhou que a associação Ahmadia está presente em Portugal desde 1987 e existe em mais de 100 países.

"Temos mesquitas em Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Somos uma comunidade pacífica que tem como objetivo divulgar uma mensagem de paz e amor", afirmou.

No comunicado, o PS sublinha que nada tem "contra os compradores do terreno ou as suas motivações", mas acusa a Câmara de falta de visão estratégica para o território.

"A Câmara Municipal de Benavente deveria ter para o território de Samora Correia um plano estratégico para salvar das garras do betão o que ainda é possível", lê-se no comunicado.

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho, rejeitou as críticas, afirmando que a autarquia não recebeu qualquer proposta para comprar ou adquirir o terreno.

"Não recebemos nenhuma proposta para comprar ou ter aquele terreno. Mesmo que tivéssemos recebido, não podemos comprar todos os terrenos, não somos uma agência imobiliária", afirmou.

O autarca sublinha ainda que "qualquer entidade pode apresentar projetos", referindo que a câmara não discrimina nem impede investimentos no concelho.

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