POUPANÇA NO MINUTO
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"Guterres é apenas um líder fraco, volúvel, permeável às pressões"
O social democrata Carlos Abreu Amorim diz esperar que Guterres "consiga terminar [o mandato] com o mínimo de dignidade…".
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
O social democrata Carlos Abreu Amorim recorreu, esta quarta-feira, à rede social Facebook, para também ele comentar as polémicas declarações do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres.
"António Guterres não é anti-Israel. Nem a favor. Nem descobriu agora uma posição 'equilibrada' sobre o conflito. Guterres é apenas um líder fraco, volúvel, permeável às pressões", começou por escrever Carlos Abreu Amorim.
Para o ex-deputado, "foi assim quando esteve a primeiro-ministro, até fugir (entretanto, defendeu Armando Vara e 'descobriu' José Sócrates)".
"Titubeou perante Putin na Ucrânia e, agora, cedeu às pressões dos novos 'não-alinhados' pró-chineses. Esta tentativa impossível de equilibrar o que sempre será desproporcionado não passa de um esforço patético de tentar agradar o que julga ser a maioria. Repito: não vale a pena pedir a sua demissão porque foi ele mesmo quem resignou a um resto de mandato minimamente relevante", pode ainda ler-se.
Por fim, o social democrata disse esperar que Guterres "consiga terminar com o mínimo de dignidade…".
Na terça-feira, recorde-se, na abertura de uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, numa intervenção em inglês, Guterres considerou que "é importante também reconhecer que os ataques do Hamas não aconteceram num vácuo", acrescentando que "o povo palestiniano tem sido submetido a 56 anos de ocupação sufocante".
Guterres defendeu que "as queixas do povo palestiniano não podem justificar os ataques terríveis do Hamas", assim como "esses ataques terríveis não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano".
Na mesma reunião, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, acusou António Guterres de estar desligado da realidade e de mostrar compreensão pelo ataque do Hamas de 7 de outubro com um "discurso chocante".
Na rede social X, ex-Twitter, o embaixador israelita na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata de António Guterres das funções de secretário-geral desta organização.
Hoje, Gilad Erdan anunciou a decisão de Israel de não conceder vistos a representantes da ONU, numa entrevista à Rádio do Exército israelita.
Leia Também: Guterres "não fez um branqueamento da história" nem incentivou escalada
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