PCP alerta que aumento de preços "não é problema de um único mês"

O PCP alertou hoje que a inflação "não é problema de um único mês" e apelou ao Governo que tome medidas estruturais como o aumento dos salários e a fixação de preços de bens e serviços essenciais.

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Lusa
14/12/2022 17:38 ‧ 14/12/2022 por Lusa

Política

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"A elevada inflação que se sente, o aumento especulativo dos preços, não é um problema de um único mês, nem é um problema deste mês em particular, em que se aproximam as festas. É um problema que já vem de trás e que se vai continuar a sentir", advertiu Paula Santos.

A líder parlamentar do PCP reagia na Assembleia da República, ao anúncio do primeiro-ministro, António Costa, do pagamento de uma prestação extraordinária de 240 euros para um milhão de famílias que recebem prestações mínimas ou que beneficiem da tarifa social da energia.

A dirigente comunista defendeu que "são necessárias medidas estruturais, que recuperem e valorizem o poder de compra perdido pelos trabalhadores e reformados todos os dias", insistindo no aumento dos salários e pensões e no controlo e fixação de preços de bens e serviços essenciais.

"[A medida] é naturalmente útil para quem a recebe e revela que há de facto problemas graves no nosso país, nomeadamente o agravamento das condições de vida dos trabalhadores e reformados. Mas revela também uma abordagem pontual pelo Governo relativamente a problemas estruturais e a insuficiência das medidas que este tem vindo a adotar nos últimos tempos", considerou.

Esta medida será aprovada em Conselho de Ministros na quinta-feira e foi anunciada durante uma entrevista à revista Visão, que será divulgada na íntegra igualmente na quinta-feira.

"Esta semana, o Conselho de Ministros vai aprovar um outro aumento, para as famílias mais vulneráveis, de uma prestação extraordinária de 240 euros, que corresponde a um esforço muito grande, tendo em conta aquilo que foi a evolução da inflação neste segundo semestre", revelou o chefe do Governo à Visão.

De acordo com o primeiro-ministro, este apoio começa a ser pago no dia 23 de dezembro, até ao final do ano.

Este novo apoio extraordinário vai ser atribuído aos cidadãos abrangidos pela tarifa especial de eletricidade ou por prestações mínimas, sendo consideradas prestações sociais mínimas o complemento solidário para idosos, o rendimento social de inserção, a pensão social de invalidez do regime especial de proteção na invalidez, o complemento da prestação social para a inclusão, a pensão social de velhice e o subsídio social de desemprego.

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