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Rangel derrotado deixa "um apelo muito importante à unidade" no PSD

Rui Rio, considerou o seu adversário nas diretas, "sai com mais força para as legislativas do que se este processo não tivesse tido lugar". As eleições foram uma "prova de vida democrática muito importante" para o partido.

Rangel derrotado deixa "um apelo muito importante à unidade" no PSD
Notícias ao Minuto

21:56 - 27/11/21 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Diretas no PSD

A candidatura de Paulo Rangel reconheceu hoje a derrota nas eleições diretas para a presidência do PSD. No discurso de derrota, o eurodeputado começou por afirmar que já tinha felicitado Rui Rio pela vitória - "tive oportunidade de conversar com ele durante algum tempo e de lhe transmitir pessoalmente parabéns e facilitações" - deixando ainda um cumprimento a todos os militantes sociais-democratas e aos seus apoiantes. 

"Um apelo muito importante à unidade", deixou Paulo Rangel, lembrando que "dentro de dois meses" haverá uma "batalha decisiva" - as legislativas de 30 de janeiro. "O único adversário é o Partido Socialista e o seu líder", assegurou. 

"Da minha parte e dos que me apoiaram, haverá uma colaboração leal e efetiva", fez questão de salientar. "Tenho a certeza que todos os militantes que votaram em mim estão empenhados em que o PSD possa ter uma excelente vitória em 30 de janeiro". 

E mais. "Como eu sempre disse, este processo eleitoral interno reforçou a legitimidade do líder do PSD. Sempre insisti em que as eleições fossem feitas porque aquele líder que saísse vencedor, sairia reforçado para as eleições legislativas".

Assim, "o agora reeleito presidente do PSD", Rui Rio, "sai com mais força para as legislativas do que se este processo não tivesse tido lugar". Estas diretas foram, apontou ainda, "uma prova de vida democrática muito importante para o partido" e que "teve esse efeito legitimador" que é "relevante". 

Nas respostas aos jornalistas, Rangel recusou fazer uma análise dos motivos que estiveram na base da sua derrota. "Candidatei-me porque tinha uma estratégia diferente do candidato que ganhou, os militantes do PSD escolheram a outra estratégia e o outro protagonista para a executar", reconheceu.

E à pergunta se "fez as pazes" com Rio nessa conversa telefónica que tiveram hoje, Rangel contrapôs que "nunca" estiveram em guerra. "Tive sempre uma relação de estima e de respeito pelo dr. Rui Rio. A minha relação de respeito e de estima e, até de grande franqueza, manteve-se igual", afirmou.

Rangel voltou a rejeitar fazer uma distinção entre os militantes e as estruturas do partido, que o apoiavam, na sua grande maioria. "Todos os militantes são livres e votam livremente, essa distinção é artificial e até prejudicial ao PSD", afirmou.

Questionado se espera que o reeleito presidente integre nas listas de deputados alguns dos seus apoiantes, o candidato derrotado recusou essa expressão. "Votaram em mim ou apoiaram-me, sendo assim são livres de conduzirem os seus próprios percursos. Aquilo que eu espero é que haja sinais de unidade e julgo que vai haver", afirmou.

Terceira candidatura? "É uma coisa que não antevejo"

Já sobre se poderá protagonizar uma terceira candidatura à liderança do PSD, no futuro, depois de ter sido derrotado em 2010 e hoje, Rangel respondeu: "É uma coisa que não antevejo", embora acrescentando já ter a experiência suficiente para não fechar totalmente qualquer cenário.

Quanto ao seu futuro próximo, Rangel garantiu que irá cumprir "até ao fim" o seu mandato como eurodeputado.

Entre as maiores concelhias, Rui Rio ganhou em Braga, Gaia e na Maia, enquanto Paulo Rangel venceu em Famalicão e Cascais. O eurodeputado venceu também os votos da Europa, além do distrito de Coimbra e do concelho da Guarda.

[Notícia atualizada às 23h04]

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