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PSD quer Câmara do Porto a retomar negociações para Feira do Livro

Os vereadores do PSD na Câmara do Porto pediram hoje ao presidente da autarquia, Rui Moreira, para retomar as negociações com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) para a realização da Feira do Livro.

PSD quer Câmara do Porto a retomar negociações para Feira do Livro
Notícias ao Minuto

14:00 - 07/03/14 por Lusa

Política Apel

"Os vereadores do PSD não entendem como é possível o presidente da Câmara do Porto romper unilateralmente as negociações com uma entidade de bem como é a APEL, que sempre dignificou o Porto com as suas realizações", afirmam Amorim Pereira, Ricardo Almeida e Ricardo Valente, em comunicado enviado à Lusa.

A Câmara do Porto anunciou na quarta-feira que vai organizar a Feira do Livro entre 05 a 21 de setembro, nos Jardins do Palácio de Cristal, depois de ter suspendido as negociações com a APEL no fim de fevereiro, mas os social-democratas querem que Rui Moreira retome "as negociações com a APEL no sentido de encontrar uma solução que dignifique a cidade".

Os vereadores do PSD apelam ainda a um desfecho que "possa ir de encontro à expectativa de todos os portuenses e turistas que visitam a cidade", alertando que a Feira do Livro "deixou o Palácio de Cristal por este se ter tornado um espaço pequeno e por já não existirem condições para receber [o evento] com dignidade".

Para os social-democratas, "é legítimo perguntar à vereação socialista", com quem o independente Rui Moreira fez uma coligação pós-eleitoral, "o que pensa sobre este assunto, visto que a Câmara de Lisboa, de gestão PS, apoia a APEL e não municipalizou a Feira do Livro".

Destacando que "a iniciativa tem sempre decorrido em articulação com a Feira do Livro de Lisboa, o que permite uma comunicação em rede com maior escala e abrangência", os vereadores alertam para os gastos que a organização do evento pode ter para a autarquia.

"A APEL, ao longo dos anos (com exceção de 2013) tem organizado com um patamar de excelência a Feira do Livro do Porto e com um custo muito mais reduzido para o município face à hipótese de ser a própria Câmara a organizar", defendem os vereadores do PSD.

No comunicado em que revela assumir a organização do evento, a autarquia não refere os custos da iniciativa.

A tomada de posição pública dos vereadores é justificada com o facto de lhes ter sido "negada" uma reunião pedida a Rui Moreira "no sentido de discutir o futuro da Feira do Livro no Porto" e de a discussão do assunto ter sido remetida para a reunião de câmara de terça-feira.

No jornal Correio da Manhã de 25 de fevereiro, o presidente da APEL, João Alvim, afirmou que a autarquia se manifestou "disponível para assinar um protocolo que, naturalmente, terá compromissos financeiros", ressalvando que, sem isso, "é claro que a APEL não vai organizar a Feira do Livro no Porto".

A Câmara do Porto acusou então a APEL de recuar nas negociações para a realização da Feira do Livro, declarando não haver condições para prosseguirem.

Em comunicado, a autarquia revelava que o acordo alcançado com a APEL no dia 07 "definia o local, o calendário e as contrapartidas logísticas oferecidas pela Câmara, tendo ficado clara a inexistência de contrapartidas financeiras por parte do município".

Durante este processo, chegou a ser noticiado que o evento se mudaria da Avenida dos Aliados para a rotunda da Boavista, sem custos para a autarquia.

A Feira do Livro do Porto não se realizou em 2013 depois de a APEL a ter suspendido por "falta de condições financeiras", depois de a Câmara ter recusado prorrogar o protocolo assinado em 2009 para, durante quatro anos, apoiar com 75 mil euros a realização do evento na Avenida dos Aliados.

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