BE pede apoios urgentes para despedidos em fábrica de Vila do Conde
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) instou hoje o Governo a agilizar "medidas com caráter de urgência" para apoiar 52 trabalhadores despedidos de uma empresa do ramo da tinturaria em Vila do Conde, distrito do Porto.
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Política despedimentos
Numa pergunta dirigida ao Ministério Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, hoje divulgada pelo BE, o partido deu conta que a empresa Iberodye, que funcionava na freguesia de Macieira da Maia, avançou com um processo de insolvência e despedimento coletivo, mas que mantém salários em atraso aos trabalhadores.
"Segundo informações recebidas pelo Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, a empresa tem dois meses de salários em atraso, dívidas às Finanças e Segurança Social. Em 2018 e 2019, a empresa investiu na sua modernização, sendo apoiada pelos fundos europeus estruturais e de investimento Portugal 2020", denunciaram os bloquistas.
Segundo o partido, a Iberodye foi distinguida, em 2018, pelo IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação como uma das empresas mais promissoras a nível nacional tendo recebido benefícios de mais de 600 mil euros.
No entanto, após o atual processo de insolvência e o despedimento coletivo, o BE aponta que é "necessário garantir que os direitos dos trabalhadores são assegurados, nomeadamente no que respeita ao pagamento de eventuais salários em atraso".
"O Bloco de Esquerda está solidário com estes trabalhadores e estas trabalhadoras e considera que o encerramento desta empresa terá um grande impacto social e económico na região e no concelho de Vila do Conde", revelou o partido
Nesse sentido, no texto enviado ao Governo, assinado pelos deputados José Soeiro e Isabel Pires, os bloquistas questionam se a tutela tinha conhecimento da situação e que diligências estão a ser tomadas ou serão tomadas pela Autoridade para as Condições do Trabalho".
O BE instou "a adoção de medida com caráter de urgência para que rapidamente os trabalhadores tenham acesso ao subsídio de desemprego ou outras medidas de proteção social", bem como questionou "se a tutela está disponível para analisar com a empresa, no quadro dos apoios extraordinários às empresas concedidos no contexto da pandemia, uma solução que permita a viabilização da empresa e a manutenção dos postos de trabalho".
A Iberodye era uma tinturaria de fios e malhas com atividade desde 2011, e que em 2018 tinha feito um investimento de mais de 3,4 milhões de euros na modernização da fábrica com apoio do programa Portugal 2020.
Desde 2020, a empresa acumulava dificuldades para liquidar compromisso com fornecedores, com o Estado e com os trabalhadores, acabando por pedir a insolvência e avançar com o despedimento coletivo.
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