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Açores: Líder do Chega diz que Orçamento do Estado prejudica a região

O líder do Chega, André Ventura, afirmou hoje que o Orçamento do Estado para 2021 prejudica os Açores, que considerou uma das regiões mais afetadas pelos impactos económicos da pandemia da covid-19.

Açores: Líder do Chega diz que Orçamento do Estado prejudica a região
Notícias ao Minuto

14:22 - 18/10/20 por Lusa

Política Eleições

muito triste ver que os Açores, que foram dos mais afetados por esta pandemia, não têm esse proporcional em apoios que o Governo agora quer distribuir. E a razão é simples, é que o que conta para os votos, infelizmente, são as regiões mais populosas. Mais vale continuar a apoiar as metrópoles de sempre e esquecer os Açores", avançou, em declarações aos jornalistas.

André Ventura falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à margem de uma ação de campanha para as eleições legislativas regionais de 25 de outubro, em que participou ao lado dos cabeças de lista pelos círculos eleitorais de São Miguel e Terceira.

Segundo o líder do Chega, os Açores foram "duplamente afetados" pela crise provocada pela covid-19, porque em algumas ilhas, como a Terceira, viram o turismo reduzido e eventos cancelados, como as touradas à corda.

"Se olharmos para este Orçamento do Estado percebemos que a Região Autónoma dos Açores, no geral, fica excluída dos supostos benefícios que havia para o país, com os milhões que vêm da União Europeia e com o dinheiro que este ano é atribuído ao país", criticou.

Na última semana de campanha para as eleições regionais, o líder nacional do Chega vai participar todos os dias em ações nos Açores, mas garante que não vem ao arquipélago só a pensar no voto.

"Vou voltar depois das eleições para continuar a defender os Açores, porque as regiões menos populosas não podem, por ser menos populosas, ficar arredadas dos benefícios públicos", frisou.

Numa ação de campanha na Feira do Gado, um mercado de produtos agrícolas em Angra do Heroísmo, André Ventura repetiu a mensagem já passada no jantar comício do dia anterior: a economia portuguesa não aguenta um novo confinamento.

"Estão a pensar em fechar isso tudo outra vez e não pode ser. Não morremos da doença, morremos da cura", salientou, junto de um comerciante.

"Por muito que a situação esteja complexa -- e é complexa, há que admiti-lo --,  por muito que seja difícil de lidar, fechar a economia novamente não é solução. Fechar as lojas, obrigar a recolheres obrigatórios, ao encerramento dos estabelecimentos não é solução", reforçou, aos jornalistas.

Sem usar máscara, o líder do Chega distribuiu panfletos, apertos de mão e beijos, tirou fotografias com admiradores e garantiu que iria votar "contra a imposição de máscaras", até porque, alertou, ainda não são conhecidas "as consequências" do seu uso.

Entre uma ou outra piada sobre futebol, André Ventura ouviu mensagens de apoio, de quem disse gostar de o ouvir na Assembleia da República, porque "não tem medo de falar".

Houve quem pedisse "um abanão" em Portugal, quem se queixasse de que "a malta nova não quer trabalhar" e quem dissesse que estão "a estrangular o país" e não deixam os jovens trabalhar.

As legislativas dos Açores decorrem em 25 de outubro, com 13 forças políticas candidatas: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

No arquipélago, onde o PS governa há 24 anos, existe um círculo por cada uma das nove ilhas e um círculo de compensação, que reúne os votos não aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

O Chega concorre pela primeira vez nas regionais açorianas, apresentando listas em todos os círculos, com exceção das ilhas das Flores e do Corvo.

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