Parlamento aprova voto de pesar pela morte do poeta Manuel Cintra
A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade um voto de pesar, apresentado pelo PS, pela morte do poeta, tradutor e ator Manuel Cintra.
© Reuters
Política Manuel Cintra
O poeta, tradutor e ator Manuel Cintra, autor de livros como "Do lado de dentro" e "Alçapão", morreu em 4 de junho em Lisboa, aos 64 anos, disse à agência Lusa fonte próxima da família.
Hoje, na sessão plenária do parlamento, o PS apresentou um voto, que foi aprovado por unanimidade, no qual "assinala com tristeza o falecimento de Manuel Cintra, transmitindo aos seus quatro filhos, ao seu irmão Luís Miguel Cintra, à sua família e amigos, o mais sentido pesar".
"Filho mais novo do linguista Luís Filipe Lindley Cintra e irmão do ator, encenador e fundador da Cornucópia, Luís Miguel Cintra, e do cantor Deniz Cintra, Manuel Cintra nasceu em Lisboa a 1 de março de 1956", refere o voto.
Embora seja mais conhecido como poeta, uma vez que "ele próprio afirmava ter nascido poeta", Manuel Cintra foi também encenador, ator, tradutor e jornalista.
"Publicou, em 1981, o seu primeiro livro de poemas, Do Lado de Dentro, na coleção Forma, da editora Presença, tendo-se seguido mais de vinte livros de poesia, muitos dos quais poemas em prosa", destaca.
Em 1984, Manuel Cintra "estreou-se nas lides teatrais, como encenador, ator e cenógrafo do espetáculo "O Diário de Um Louco" e "fez também incursões pelo cinema" ao participar em filmes como "Le Soulier de Satin" de Manoel de Oliveira e "Ruy Blas" de Jacques Weber.
Segundo o texto do voto aprovado, Manuel Cintra fez ainda traduções para editoras como a D. Quixote, a Presença e a Estampa e trabalhou como jornalista nos principais jornais portugueses, designadamente, no Diário de Lisboa, no Expresso, no Diário de Notícias, no Semanário e no Sete.
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