"Seria desejável PS ser participante activo na negociação do cautelar"
O socialista Vera Jardim defendeu, na antena da Rádio Renascença, que “seria altamente desejável” que “o PS fosse participante tão activo quanto possível da negociação do programa cautelar” e que, “a seguir, houvesse um processo eleitoral”. Nestas declarações, Vera Jardim referiu ainda que os socialistas devem tentar alcançar um acordo em relação ao IRC por tratar-se de “um valor importantíssimo para o investimento”.
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Política Vera Jardim
Em declarações ao programa ‘Falar Claro’ da Rádio Renascença, o antigo ministro socialista da Justiça, Vera Jardim, afirmou que “não viria mal ao Mundo”, pelo contrário, “seria altamente desejável, que o PS fosse participante tão activo quanto possível da negociação do programa cautelar e que a seguir houvesse um processo eleitoral”.
Na opinião do socialista esse programa devia ser “negociado por todos os partidos, daquilo que nós chamamos na gíria de ‘arco da governação’, e que a seguir houvesse um refrescamento eleitoral para cumprimento desse programa cautelar e que acertasse também” o rumo do País depois de 2015, designadamente no que diz respeito a impostos.
“Um dos problemas [de Portugal], não é só os impostos poderem ser altos demais (…) mas também a chamada instabilidade fiscal. E se nós não conseguirmos este acordo entre o PS e os partidos da governação (PSD/CDS), será difícil convencer potenciais investidores de que este será o regime fiscal para os próximos anos, salvo pequenos acertos”, advogou Vera Jardim, sustentando que “a instabilidade fiscal é em si um valor importantíssimo para o investimento”, pelo que, “o PS deve fazer um esforço, que acho que tem feito, e esperemos que esta semana possa ser fechado um acordo nesse sentido”.
Sobre o contexto europeu, “o senhor Martin Schulz, [presidente do Parlamento Europeu e candidato único à presidência da Comissão Europeia], tem-se mostrado a favor de uma política que não seja só de austeridade, embora mantenha que é necessário corrigir os défices e a situação das finanças públicas, sobretudo das dívidas públicas”, sublinhou o socialista.
Ainda assim, prosseguiu Vera Jardim, “[Schulz] tem-se mostrado um adepto do crescimento económico e das medidas de combate ao desemprego”, o que “seria bom para Portugal”. Além disso, “é natural que mude um pouco o estilo Merkel de governação”, com “avanços, recuos, adiamentos no plano europeu”.
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