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Venezuela: PCP condena "ato de agressão militar" contra o país

O PCP condenou hoje a tentativa de invasão marítima na Venezuela, durante o fim de semana, e do qual resultaram oito mortos, considerando que foi um "ato de agressão militar" contra o país e uma "provocação de caráter terrorista".

Venezuela: PCP condena "ato de agressão militar" contra o país
Notícias ao Minuto

22:41 - 04/05/20 por Lusa

Política Venezuela

"O PCP denuncia e condena o ato de agressão militar contra a Venezuela [...], através da tentativa frustrada de desembarque de mercenários armados no litoral deste país, próximo da capital, Caracas", refere um comunicado do PCP, acrescentando que "esta nova provocação de caráter terrorista representa um grave atentado contra a soberania" do país.

Os comunistas reiteram a "exigência do fim imediato da ingerência, das sanções e do bloqueio económico e das ameaças militares" contra Caracas, apelando também para o "fortalecimento da solidariedade" para que a população venezuelana possa "determinar livremente e em paz o seu destino".

Também hoje, o líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, negou qualquer envolvimento na tentativa de invasão marítima, durante o fim de semana, do qual resultaram oito mortos e que o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que ocorreu com o intuito de o matar.

De acordo com um comunicado, citado pela Associated Press, Guaidó sublinhou que não tem "qualquer relação ou responsabilidade por quaisquer ações" perpetradas por uma empresa de segurança privada detida pelo antigo militar norte-americano Jordan Goudreau.

O ex-combatente insiste que a empresa que detém tem um contrato com o autoproclamado Presidente do país -- que é reconhecido por cerca de 60 países, entre os quais os Estados Unidos.

Contudo, Goudreau assegurou que a operação levada a cabo durante o fim de semana não teve qualquer apoio por parte de Guaidó ou de Washington.

O propósito da tentativa de invasão marítima, a partir da Colômbia, foi "libertar a Venezuela", mas isso "vai levar tempo".

O presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, Diosdado Cabello, informou, no sábado, que oito pessoas morreram e pelo menos duas estão detidas devido a uma tentativa frustrada de invasão marítima, perto de Caracas.

O incidente aconteceu na manhã de sábado, segundo o Governo.

A oposição venezuelana acusou, entretanto, o Governo de "fabricar" a montagem de uma invasão marítima, por alegados mercenários, que queriam fazer um golpe de Estado.

A denúncia foi feita através de um comunicado em que a oposição diz que "o regime procura desviar a atenção" da situação do país para "um suposto evento repleto de inconsistências, dúvidas e contradições".

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegou que a invasão marítima frustrada domingo pelo seu Governo, tinha como "objetivo central" o seu assassínio.

"O objetivo era assassinar-me, o objetivo principal (da invasão) era matar o Presidente da Venezuela. Era um ataque terrorista no meio de uma pandemia, enquanto o povo estava em paz. Um ataque terrorista contra a tranquilidade e a paz da Venezuela", disse.

O Governo venezuelano também responsabilizou os Estados Unidos e a Colômbia pelas "consequências imprevisíveis" da alegada tentativa frustrada de invasão marítima.

Caracas anunciou ainda a mobilização de 25.000 militares para encontrar as células rebeldes no país.

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