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Segundo dia de campanha com Costa e Rio a disputar o "melhor Centeno"

O segundo dia da campanha eleitoral para as legislativas ficou hoje de manhã marcado com o "duelo" entre António Costa e Rui Rio, que competiram sobre quem tem "o melhor Centeno" nas finanças e ética na política.

Segundo dia de campanha com Costa e Rio a disputar o "melhor Centeno"
Notícias ao Minuto

22:05 - 23/09/19 por Lusa

Política Eleições

Com as campanhas oficiais ainda a meio gás, uma vez que hoje à noite realiza-se o debate televisivo entre todos os líderes dos partidos com assento parlamentar, uma parte do dia foi assinalado com o frente-a-frente entre o secretário-geral do PS e o presidente do PSD aos microfones das rádios Antena 1, TSF e Renascença.

Questionados sobre a recente demissão do secretário de Estado da Proteção Civil, constituído arguido na investigação ao negócio das golas antifumo, Rui Rio recusou comentar o caso concreto de Artur Neves, por estar em investigação, mas fez o que disse ser "uma apreciação global" e política.

"O PS desde sempre tem um tique: quanto está no poder olha para o Estado como se fosse dono disto tudo (...) O que distingue o Governo de António Costa relativamente ao passado é que temos não só casos de nomeações de militantes e simpatizantes do PS para altos cargos públicos, mas também dos próprios familiares. Excede um pouco o que no passado tinha acontecido", acusou Rio.

Na resposta, António Costa considerou a acusação "absolutamente infundada", quer em relação à história do PS, quer ao presente, apontando que o atual executivo até nomeou pessoas do PSD para altos cargos públicos por as considerar capazes.

"Há uma coisa que no PS não existe: proclamações de banho de ética que depois é à medida do freguês", afirmou Costa, recusando receber lições de ética de Rui Rio ou do PSD.

Ainda numa lógica de ataque, Costa e Rio entraram numa comparação entre ministros das Finanças do PS e do PSD e numa disputa de quem tem "o melhor Centeno".

"Pode gostar muito do seu Centeno. Mas tenho a certeza de que os portugueses preferem o meu [Mário] Centeno, que esse é de contas certas e não promete a ninguém aquilo que não pode fazer", declarou o secretário-geral do PS.

Perante estas palavras de António Costa, o presidente do PSD referiu-se então a um cansaço do ministro Mário Centeno dentro do Governo socialista, sugerindo que só ficará enquanto for presidente do Eurogrupo.

"Vai embora no fim do primeiro semestre do próximo ano. Mesmo que seja assim, seria melhor seis meses do meu Centeno do que quatro anos do seu Centeno", acrescentou o líder "laranja".

Após o debate, Rui Rio revelou aos jornalistas que o seu 'Centeno' é Joaquim Sarmento, porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área das Finanças Públicas e mandatário nacional do partido.

Neste último frente-a-frente radiofónico para as legislativas, Rio e Costa praticamente só concordaram com a ideia de que uma eventual solução do bloco central (PSD/PS) é nefasta para a democracia.

Já a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, visitou hoje a Unidade de Saúde Familiar de Benfica, em Lisboa, aproveitando para atacar os falhanços do Governo e para provar que a promessa de acabar com os centros de saúde em prédios de habitação continua por cumprir.

Num dia dedicado à crise da habitação, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu que o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana deve chamar os moradores dos bairros sociais com dívidas para regularizar uma "situação impossível", resultante do aumento de rendas na anterior legislatura, levando em conta a sua situação económica.

Por sua vez, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, vincou hoje o papel de PCP e "Os Verdes" na redução dos preços dos passes dos transportes públicos, numa sessão pública com trabalhadores das empresas do setor, na estação de comboios de Santa Apolónia, em Lisboa.

Na lisboeta Praça do Império, em Belém, o Nós, Cidadãos! defendeu mudanças na escolha do Procurador-Geral da República, para combater a corrupção, e, no Porto, o candidato do RIR (Reagir-Incluir--Reciclar), Vitorino Silva, conhecido como Tino de Rans, afirmou esperar conquistar "um cantinho no Parlamento".

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