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Rio na dianteira da arruada numa Lisboa com mais turistas que portugueses

O presidente do PSD, Rui Rio, assumiu hoje a dianteira da comitiva 'laranja' numa descida do Chiado até ao Tejo, com os candidatos às europeias atrás, e encontrou mais turistas do que portugueses.

Rio na dianteira da arruada numa Lisboa com mais turistas que portugueses
Notícias ao Minuto

18:52 - 23/05/19 por Lusa

Política Europeias

Depois de um compasso de espera de vinte minutos, Rui Rio chegou ao Largo do Chiado e juntou-se à comitiva para começar a descer a rua ao lado de Paulo Rangel mas rapidamente deixou o cabeça de lista para trás, entrando nas lojas e cafés para deixar folhetos com o apelo ao voto.

Pela primeira vez, entraram seguranças numa arruada na campanha de Paulo Rangel às europeias, que acompanharam de perto o presidente do partido, Rui Rio, na descida do Chiado.

Logo no início, numa loja de 'lingerie', Rui Rio nem hesitou, explicando: "Dificilmente vamos ver uma loja mais bonita do que esta", provocando alguns risos na comitiva.

Com o ribombar dos bombos a abrir caminho, alguns lojistas saíram para perceber o que se passava mas, numa farmácia já na rua Augusta, os técnicos que vieram à porta fugiram para o interior quando perceberam que Rui Rio ia entrar.

Mais à frente, Rui Rio tentou abordar uma portuguesa, reformada, que lembrou os tempos da 'troika' e disse que "vocês querem é ganhar para mandar os jovens emigrar", com o presidente do PSD a responder: "Não diga isso, minha senhora".

Contudo, a senhora não quis receber o folheto da candidatura e disse que não vota em ninguém, porque os políticos "são todos iguais".

A um grupo de turistas holandesas, explicou em inglês que será "o próximo primeiro ministro de Portugal" e, a uma brasileira, perguntou se o Rio de Janeiro "continua lindo".

Em declarações aos jornalistas, Rui Rio comentou que não viu "nenhuma adversidade relativamente ao PSD", admitindo que "há uma ou outra pessoa marcada ainda pelo contexto da 'troika' e isso nota-se".

Quanto às sondagens que dão a vitória ao PS, Rui Rio considerou que "as campanhas já de si são o que são e à medida que se aproximam do fim há muito grito e muitos ditos que não valem nada".

Questionado sobre se fará uma leitura nacional dos resultados das eleições europeias, Rui Rio disse apenas que a leitura que fará será "no domingo ou na segunda".

Face ao evidente maior número de turistas do que de eleitores portugueses durante a arruada, a candidata e ex-ministra Graça Carvalho questionou "onde estão os portugueses?".

Na sua primeira descida do Chiado em campanha, Rui Rio, que durante o percurso comentou que "se os estrangeiros votassem" o PSD já tinha ganho, gracejou no final da iniciativa, no Terreiro do Paço, que "é mais difícil encontrar um português aqui do que uma agulha num palheiro".

Rangel referiu-se ao mesmo num 'direto' para as televisões, observando que este ano encontrou muito mais estrangeiros do que em iniciativa idêntica, na campanha para as europeias de 2014.

"Não há dúvida de que as cidades estrangeiras se internacionalizaram muito. Metade das pessoas que encontramos são estrangeiras, europeias, muitas delas vão votar no domingo nos seus países", notou Rangel.

Ainda assim, Paulo Rangel considerou que o momento foi "de muita alegria" e que, a três dias da eleição, "o que é preciso é dar força às pessoas para elas continuarem porque é uma batalha voto a voto".

O presidente do Conselho Nacional do PSD Paulo Mota Pinto, vários deputados do PSD, a líder da JSD Margarida Balseiro Lopes, a ex-presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e o comissário europeu Carlos Moedas, mandatário de Rangel, que entrou hoje pela primeira vez numa iniciativa da campanha oficial, marcaram presença na arruada.

A arruada entre o Largo do Chiado e o Terreiro do Paço foi feita em passo acelerado, demorando no percurso menos de 50 minutos.

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