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Apenas metade da população de Braga identifica um candidato às Europeias

Um estudo realizado por estudantes de licenciatura em Ciência Política e em Administração Pública da Universidade do Minho, que envolveu 600 pessoas do distrito de Braga, concluiu que apenas metade consegue identificar um candidato a deputado europeu.

Apenas metade da população de Braga identifica um candidato às Europeias
Notícias ao Minuto

10:47 - 10/05/19 por Lusa

País Braga

"A União Europeia está efetivamente presente na vida dos bracarenses, mas continua distante da sua vida quotidiana. Os candidatos às eleições europeias permanecem, na generalidade, ilustres desconhecidos. A prática efetiva e respeito pelo princípio de subsidiariedade está ainda longe de ser real", afirmou hoje Sandrina Antunes, docente na Universidade do Minho e coordenadora do estudo.

A investigação, desenvolvida no âmbito da unidade curricular Sondagens e Estudos de Opinião e pautada por três critérios - género, escalões etários e território - procurou identificar a opinião e o conhecimento da população dos 14 concelhos do distrito de Braga sobre as eleições europeias que decorrem no dia 26 de maio.

"Colocámos seis perguntas aos inquiridos, procurando identificar o seu nível de conhecimento da Europa e a avaliação que faz da pertença de Portugal à União Europeia", esclareceu a docente.

Segundo Sandrina Antunes, o estudo conclui que 86% da população daquele distrito tem "uma visão positiva da pertença à União Europeia" e que apenas 8% dos inquiridos avaliaram a pertença do país à Europa como "pouco ou nada importante".

O estudo avança também que 45% dos inquiridos consideram que Portugal "beneficiou mais do que perdeu" por pertencer à União Europeia e que 36% acha que Portugal "ganhou muito" em desenvolvimento e qualidade de vida com esta adesão.

Por sua vez, "apenas" 10% consideraram que o país "perdeu" com a pertença à União Europeia e 2% que Portugal "perdeu muito".

À Lusa, a docente salientou ainda que apesar da "abstenção ser muito elevada nas eleições europeias", com os valores a indicarem 63,08% de abstenção nas últimas eleições europeias, em 2014, neste estudo "rondou os 34%".

"Quem se disponibiliza para responder a um inquérito tem dificuldade em dizer que não tem intenção de votar", referiu Sandrina Antunes, acrescentando que, "mesmo assim, entre os que assumiram não votar e os que disseram ainda não saber", foram encontrados "mais de 34% possíveis abstencionistas".

Sandrina Antunes acrescentou que este estudo académico, que olha para aspetos tão diversos como "a importância da Europa para o desenvolvimento do país" e a sua "valorização", permitiu aos alunos da licenciatura desenvolverem conhecimentos e a prática do "saber-fazer".

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